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Sta. Maria - A maior tragédia de nossas vidas


A certeza na imortalidade da alma é um grande consolo e elimina o desespero, mas a dor é sempre a dor... para todos, as nossas preces e solidariedade.(Gezsler West)


Sta. Maria - A maior tragédia de nossas vidas

Por Fabrício Carpinejar. "Poeta, cronista e louco pela verdade a ponto de mentir"
...
Morri em Santa Maria hoje. Quem não morreu? Morri na Rua dos Andradas, 1925. Numa ladeira encrespada de fumaça.

A fumaça nunca foi tão negra no Rio Grande do Sul. Nunca uma nuvem foi tão nefasta.

Nem as tempestades mais mórbidas e elétricas desejam sua companhia. Seguirá sozinha, avulsa, página arrancada de um mapa.

A fumaça corrompeu o céu para sempre. O azul é cinza, anoitecemos em 27 de janeiro de 2013.

As chamas se acalmaram às 5h30, mas a morte nunca mais será controlada.

Morri porque tenho uma filha adolescente que demora a voltar para casa.

Morri porque já entrei em uma boate pensando como sairia dali em caso de incêndio.

Morri porque prefiro ficar perto do palco para ouvir melhor a banda.

Morri porque já confundi a porta de banheiro com a de emergência.

Morri porque jamais o fogo pede desculpas quando passa.

Morri porque já fui de algum jeito todos que morreram.

Morri sufocado de excesso de morte; como acordar de novo?

O prédio não aterrissou da manhã, como um avião desgovernado na pista.

A saída era uma só e o medo vinha de todos os lados.

Os adolescentes não vão acordar na hora do almoço. Não vão se lembrar de nada. Ou entender como se distanciaram de repente do futuro.

Mais de duzentos e cinquenta jovens sem o último beijo da mãe, do pai, dos irmãos.

Os telefones ainda tocam no peito das vítimas estendidas no Ginásio Municipal.

As famílias ainda procuram suas crianças. As crianças universitárias estão eternamente no silencioso.

Ninguém tem coragem de atender e avisar o que aconteceu.

As palavras perderam o sentido.

 

A Mente Mais Estável do Mundo - Dadi Janki


A Mente Mais Estável do Mundo - Dadi Janki
 
Uma ioguina indiana, DADI JANKI, de 86 anos, foi considerada pelo Instituto de Pesquisa Médica e Cientifica da Universidade do Texas, como a "mente mais estável do mundo", porque mesmo testada em situações tensas e perigosas, seu eletroencefalograma marcou a presença constante de ondas delta, as ondas mais positivas e lentas produzidas pela atividade cerebral. Ela recebeu da ONU o título, muito raro de ser concedido, de Guardiã do Planeta, por seu
trabalho em prol de mentes mais livres e pacíficas.
Quando lhe perguntaram, em sua visita a São Paulo, a receita de uma mente tão tranquila e sem pesos, ela respondeu:
"Muito amor no coração por todos e nenhum apego por ninguém, tentar não prejudicar pessoa alguma minimamente e eliminar da mente qualquer pensamento negativo, fazendo um exercício diário e ter a certeza de que não estamos aqui à-toa, mas para cumprir o destino da evolução. Que somos caminhantes, sem dependências ou estabilidades. Quem não percebe isso se torna escravo do desnecessário e polui a mente".
Em 1978, Dadi Janki foi submetida a um teste na Universidade do Texas, nos Estados Unidos, quando então se tornou conhecida como "a mente mais estável do mundo" (suas ondas cerebrais não se alteram mesmo em situações extremas).
"A maravilha é que, mesmo não entendendo inglês, consegui dar as respostas certas", diz.
Hoje, aos 86 anos, 60 deles dedicados ao estudo espiritual e à prática da meditação, Dadi é só tranquilidade e paz. Co-diretora mundial da Brahma Kumaris - universidade espiritual com sede na Índia e mais de 5 mil centros pelo mundo -, integrante do grupo Guardiões da Sabedoria e criadora da Fundação Janki de Pesquisas para Saúde Global, em Londres, ela nos recebeu vestindo branco por dentro e por fora, sem solenidades, sem as vaidades comuns à maioria das mulheres. Seu discurso encanta pela pureza e ensina que
as mudanças possíveis ao mundo começam no coração de cada pessoa.

- Por que tanta gente está buscando uma vida simples?
- Vivemos com muitas demandas de consumo. Eu quero isto, eu quero aquilo, aquilo outro e assim por diante. E todo mundo tem muitas demandas e expectativas.
Se vivemos ao sabor das demandas externas, tudo o que conseguimos ver em termos de reconhecimento da personalidade humana é o que aparece na superfície, o que é artificial. E vida simples significa vida real.
Algumas pessoas pensam que a necessidade da vida é possuir coisas, quando, na verdade, o que realmente importa é possuir valores espirituais. Portanto, quando reafirmamos nossa vida em propósitos de paz, felicidade e amor, caminhamos para a felicidade verdadeira.
A conquista de uma vida simples permite que a espiritualidade se desenvolva facilmente. E espiritualidade significa eu usar o meu tempo, o meu dinheiro e a minha energia no caminho do bem.
- E de que maneira podemos seguir esse caminho na prática, levando em conta as dificuldades do dia-a-dia?
- Existem três aspectos importantes para o entendimento do que proponho aqui, do que estamos levando adiante com o conhecimento. O primeiro passo é empreender a busca, porque quando faço isso reconheço os territórios internos, em termos de qualidade dos pensamentos, e entendo o que pode ser feito para mudar. Segundo, tenho de conhecer a Deus, ser capaz de ter um relacionamento com o divino, de maneira a estar pronto para receber de Deus o tesouro da paz.
Terceiro, eu também preciso entender os movimentos de calma e de ação, assim como o curso e os efeitos de minhas ações. Se eu puder entender essas três coisas, então certamente terei paz verdadeira.
- A senhora vive com pouco?
- Posso viver muito bem com três conjuntos de roupas: uma para tudo, outra para alternar na lavagem, uma terceira guardada. Às vezes, quando visito alguém, as pessoas me chamam para mostrar o número de roupas que elas tem, a quantidade de sapatos, as joias. Eu sinto compaixão por elas, porque seu intelecto certamente está disperso. Todos esses apelos externos nos distraem do real propósito da vida.
- Essa desconexão com o real complica também nossos relacionamentos?

- Sim, as demandas externas distanciam as pessoas do que entendemos como qualidade em um relacionamento. É o que deteriora a família, as amizades, e consagra o egoísmo no lugar da verdade. Quando, enfim, complicamos muito a vida, fica difícil tomarmos conta de nós mesmos e, mais ainda, não há como cuidar devidamente de nossos relacionamentos.
Bem, eu posso mostrar, com a minha vida, de que maneira é possível alcançar a felicidade e, assim, os outros têm uma referência de como conseguir isso também. Com uma vida simples, posso dar atenção aos outros, cooperar com os outros, porque quando meu coração é honesto, ele se torna grande, generoso.
- É possível manter-se centrado mesmo com o turbilhão de informações produzido por jornais, revistas e televisão?
- Eu prefiro viver longe desse fluxo. Porque se sabe, isso acaba virando um vício. As pessoas acreditam que, lendo jornais ou assistindo TV, estejam apenas buscando informações sobre o que acontece no mundo. Mas, na verdade, tudo isso produz uma grande quantidade de distrações.
O cinema, da mesma forma, difunde muitos e muitos maus hábitos. Assim, fica muito difícil, por exemplo, manter uma vida mais contemplativa, pautada na prática da meditação. A natureza humana é muito suscetível.
Somos frequentemente afetados pelo mal. E quase sempre a influência do mal ocorre de maneira muito rápida.
Se eu, de fato, quiser me tornar um ser humano em sua plenitude, se esse é meu propósito, devo procurar caminhos diferentes, que não me façam perder tempo e energia. Ideias assim são sempre muito inspiradoras. Mas parece um tanto difícil conseguir isso.
A verdade é que há muitos males no mundo de hoje e creio que é mesmo hora de pararmos com isso. Eu tenho o alegre objetivo de, primeiro, fazer da minha vida uma boa vida e manter a mim mesma livre de todas as influências de negatividade do mundo. E há muitas pessoas criando uma vida boa como esta.
Gente do mundo todo está reconhecendo que é por meio da espiritualidade que se pode alcançar uma vida plena.
- Vivemos tempos um tanto incertos. Podemos acreditar num bom destino para a humanidade?
- Sim, eu acredito que o futuro será bom. Há pessoas buscando uma vida sensata, uma vida simples, e elas servirão de inspiração para os outros, em favor do mundo. E tudo o que é exigido é uma transformação interna, de maneira que possamos ter bons sentimentos, sem nos colocarmos negativamente contra quem quer que seja. Basta que não tenhamos maus sentimentos, que exercitemos a aceitação dos outros, disseminando paz e felicidade.
- É preciso tornar-se um iogue para incorporar essa atitude?
- Não necessariamente. Todos aqueles que, através da observação contínua de si mesmos, e através da meditação, experienciam um relacionamento autêntico com Deus, podem se tornar as estrelas brilhantes que iluminam o mundo.
Eu acredito que se todos seguirmos juntos assim, poderemos criar o céu aqui na Terra. Mas, primeiro, teremos de criar o céu em nossas mentes. Porque tudo o que acontece neste mundo começa antes no coração dos homens.

 

 

Meditações e prece de Natal

























É verdade que, historicamente, o Natal não é a data exata do nascimento de Jesus. É verdade que a narrativa da manjedoura, dos reis magos, da estrela de Belém, do descendente de Davi é uma história mítica, arranjada para provar que Jesus era o Messias esperado pelos judeus. Não houve recenseamento, não foi preciso que o carpinteiro José se deslocasse de Nazaré e fosse com sua esposa se apresentar em Belém. Mesmo porque se os romanos fizessem um recenseamento do seu Império, não lhes interessaria contar os judeus pela sua descendência. (Na história bíblica, José como descendente de Davi teria de se apresentar para o recenseamento em Belém.)


Provavelmente, Jesus nasceu em Nazaré, viveu tranquilamente em sua aldeia, aprendeu o ofício de seu pai. Não precisou buscar refúgio no Egito. Mas tudo isso apenas aumenta sua grandeza: um filho de carpinteiro, crescido numa aldeia obscura, num recanto do Império romano, ergueu a voz de sua mensagem e transformou o mundo.


É verdade também que o Natal se tornou no mundo cristão uma data comercial, para compra de presentes, para movimentar o mercado, para aguçar o consumo. Que o seu personagem anda longe dos pensamentos, distante dos corações, apagado dos atos da maioria das pessoas.


É verdade, é verdade.


Mas é verdade também que o Natal tem uma poesia toda sua…o presépio pode ser mítico, mas é um símbolo de humildade e acolhimento. A data pode não ser a correta, mas como ao longo dos séculos muitos pensaram em Jesus nesse dia e procuraram conexão com ele, a noite natalina ficou impregnada de devoção e alegria.


A verdade é que a figura de Jesus paira acima dos séculos, acima dos mitos, acima do comércio, emanando amor em seu olhar, que abarca o mundo inteiro.


É verdade que a sua mensagem de paz e fraternidade permanece insuperável, como um apelo permanente aos corações de boa vontade, cristãos ou não cristãos.


Seu coração amoroso vibra ainda pela humanidade e nos acompanha de longe e de perto.


Por isso, dedico como sempre um poema de Natal ao Mestre carpinteiro, ao Mestre de Nazaré, ao Mestre da humildade e da paz!


Prece de Natal






Podem os homens da terra


Semear flores de sangue


Mas tua paz invisível medra


Na alma do povo exangue…






Podem as criaturas


Retalhar a natureza


Acinzentar o horizonte


Mas envias sempre uma alma pura


trazendo a delicadeza


de um gesto oculto que cura.






Podem os incautos


Mancharem a esperança


Propagarem a maldade


Exaltarem a ganância


Ferirem o coração de uma criança,


Pondo espinhos num coração de mãe.


Mas tu levantas o caído


Amparas o traidor e traído.


Desfazes toda dureza


E restauras a bonança.






O séculos se sucedem


E teus pés percorrem sempre


As pedras de nosso mundo


E semeias de passagem


O sonho de nova paisagem


As lágrimas de amor profundo


Com que nos tocas a vida.






Podem os percalços


em minha alma dolorida


fazer sulcos de tristeza,


mas nada pode arrancar


a doçura e a beleza


desse teu macio olhar…






Estás sempre aí,


Além, aquém, aqui…


Como rocha milenar


Ancorando nossa esperança


De um reino que não há de acabar…


Estás acima do tempo


Para que façamos dele


Um tecido de estrelas a raiar






Podem os fanáticos


Fazer de ti um mito sem rosto,


Um rei de cetro e com gosto


De tirania celeste.


Mas tu ainda nos lavas os pés


E neste gesto nos deste


A glória de muitas fés.






Mestre, sábio, sublime irmão,


Estás bem perto de nós


E basta abrir uma brecha


No cansado coração


Para ouvirmos o sussurro de tua voz!






Vem aqui, querido Jesus Cristinho


E encontra um lugar, um ninho,


Dentro de nossas casas…


E então teremos asas


Para voar acima dos montes


Abrir azuis horizontes


E enfim, amado amigo,


Sermos assim um contigo! 











Febre Reumática


Febre reumática
Maria Oliveira

A febre reumática é uma doença inflamatória que pode desenvolver-se como complicação de infeções na garganta tratadas inadequadamente. A infeção na garganta é causada pela bactériaestreptococos do grupo A.

A febre reumática é mais comum em em crianças dos 5 aos 15 anos de idade, embora possa desenvolver-se em crianças mais jovens e jovens adultos. Apesar de ser muito raro em países desenvolvidos, a febre reumática continua a ser comum em muitos países em desenvolvimento.

A febre reumática pode causar danos permanentes no coração, incluindo as válvulas cardíacas danificadas e insuficiência cardíaca. Os tratamentos podem reduzir os danos de uma inflamação dos tecidos, diminuir a dor e outros sintomas, e prevenir a recorrência de febre reumática.
Sintomas
Os sintomas de febre reumática podem variar. Algumas pessoas podem ter vários sintomas, enquanto outros experimentam apenas alguns. Os sintomas podem também mudar durante o curso da doença. O início da febre reumática geralmente ocorre cerca de duas a quatro semanas após uma infeção na garganta.

Sinais e sintomas de febre reumática - que resultam de inflamação no coração, articulações, pele ou do sistema nervoso central - pode incluir:
·         Febre
·         Dor nas articulações - na maioria das vezes nos tornozelos, joelhos, cotovelos ou pulsos; menos frequentemente nos ombros, ancas, mãos e pés
·         Dor numa articulação que migra para outro conjunto de articulações
·         Articulações vermelhas, quentes ou inchadas
·         Pequenos nódulos indolores abaixo da pele
·         Dor no peito
·         Sensação de batimentos cardíacos rápidos, ou palpitações
·         Fadiga
·         Falta de ar
·         Erupção cutânea indolor com uma borda irregular
·         Movimentos incontroláveis do corpo, na maioria das vezes nas mãos, pés e rosto
·         Explosões de comportamento incomum, como rir ou chorar sem razão aparente

Quando deve consultar um médico
Seu filho deve ver um médico se ele ou ela tem sinais ou sintomas de infeções na garganta. Tratamento adequado pode prevenir a febre reumática. Chame o seu médico se a criança tem algum dos seguintes sinais ou sintomas:

Dor de garganta, sem sintomas de constipação (resfriado),
Uma dor de garganta acompanhada por aumento dos gânglios linfáticos
Erupção
Dificuldade para engolir qualquer coisa, inclusive saliva
Hemorragia (sangue) do nariz, o que é mais provável em crianças menores de 3 anos de idade
Ligue para o seu médico sobre uma febre nas seguintes situações:
Recém-nascidos até 6 semanas com uma febre de 37,8 C
Crianças de 6 semanas a 2 anos, com uma temperatura de 38,9 C ou superior
Crianças de 2 anos ou mais, com uma febre de 39,4 C ou superior
Qualquer febre que dura mais de três dias
Além disso, consulte o seu médico se o seu filho apresentar quaisquer outros sinais ou sintomas de febre reumática.
Causas
A febre reumática pode ocorrer após uma infeção da garganta com uma bactéria chamada estreptococospyogenes ou estreptococo do grupo A. As infecções da garganta causadas pelo estreptococos pyogenes pode causar se bem que menos comum, escarlatina. Infeções da pele pelo estreptococos pyogenes ou mesmo outras partes do corpo, raramente provocam febre reumática.

A ligação exata entre a infecção por estreptococos e febre reumática não é clara, mas parece que a bactéria "engana" o sistema imunológico. A bactéria contém uma proteína semelhante à encontrada em certos tecidos do corpo. Portanto, as células do sistema imunológico que, normalmente, têm como alvo a bactéria pode tratar os tecidos do próprio corpo, como se fossem agentes infecciosos - especialmente os tecidos do coração, articulações, pele e sistema nervoso central. Esta reação do sistema imunitário resulta em inflamação.

Se o seu filho receber um tratamento imediato e completo com um antibiótico para eliminar as bactérias estreptococos - em outras palavras, tomando todas as doses da medicação prescrita - há pouca ou nenhuma hipótese de desenvolver febre reumática. Se o seu filho tem um ou mais episódios de inflamação de garganta ou escarlatina que não são tratadas ou não tratadas de forma completa, ele ou ela pode - mas não necessariamente - desenvolver febre reumática.
Fatores de risco
Fatores que podem aumentar o risco de febre reumática incluem:

O histórico da família. Algumas pessoas podem levar um gene ou genes que os tornam mais propensos a desenvolver febre reumática.
Tipo de bactéria estreptococos. Certas estirpes de bactérias estreptococos são mais prováveis ​​de contribuir para a febre reumática do que outras estirpes.
Fatores ambientais. Um maior risco de febre reumática está associado a condições, a superlotação  de zonas pobres, e outras condições que podem facilmente resultar na rápida transmissão ou múltiplas exposições à bactéria estreptococos.
Tratamento
Os objetivos do tratamento para a febre reumática são para destruir qualquer grupo restante da bactéria estreptococos, aliviar os sintomas, controlar a inflamação e prevenir episódios recorrentes de febre reumática.

Tratamentos utilizados para a febre reumática incluem:

Antibióticos. O médico irá receitar penicilina ou outro antibiótico para eliminar todas as bactérias estreptococos restantes que possam existir no corpo do seu filho(a).

Após o seu filho(a) ter completado o tratamento completo de antibióticos, o médico começará outro curso de antibióticos para prevenir a recorrência de febre reumática. Este tratamento preventivo geralmente continua até que seu filho tenha pelo menos 20 anos de idade. Se um adolescente mais velho teve febre reumática, ele ou ela pode continuar a tomar os antibióticos após 20 anos de idade para concluir um curso de cinco anos mínimos de tratamento preventivo.

As pessoas que vivenciaram a inflamação do coração quando tiveram febre reumática podem ser aconselhados a tomar o tratamento preventivo com antibióticos por muito tempo ou até mesmo para a vida.

Tratamento anti-inflamatório. O médico irá receitar um analgésico, como a aspirina ou naproxeno, para reduzir a febre, inflamação e dor. Se os sintomas forem graves, ou seu filho (a) não está a responder aos medicamentos anti-inflamatórios, o médico pode prescrever um corticosteroide, como a prednisona.
Medicamentos anticonvulsivantes. Se os movimentos involuntários forem graves, o médico pode prescrever um anticonvulsivante, como o ácido valpróico ou carbamazepina.
Cuidados de longa duração
Discuta com o seu médico que tipo de acompanhamento e de cuidados de longo prazo que o  seu filho(a) vai precisar. Danos ao coração de febre reumática podem não aparecer até que muitos anos passem após a doença aguda. O seu filho(a) deve ser informado de que ele ou ela teve febre reumática, e quando em adulto deve discutir este assunto com o médico.
 http://www.conhecersaude.com
Referencias: Diagnóstico e Terapêutica em Medicina Interna - Otto Miller

O NOVO HOMEM

Nada escapou ao olhar detalhista de Drummond em suas crônicas. Custo de vida? Tem. Escola de samba, carnaval e futebol? Tem. Viagem à lua, briga de vizinho, guerra, paz, brotinho de miniblusa e velhinho de bengala? Tudo isso também tem. Praticamente, não há tema do dia-a-dia que não tenha freqüentado as crônicas do poeta.

Aqui, ele trabalha com o tema do bebê de proveta, do ser humano feito em laboratório. A crônica em versos "O Novo Homem" foi publicada no Jornal do Brasil em 17/12/1967  portanto, 35 anos atrás. A genética nem estava tão avançada assim e Drummond já discutia e ironizava a idéia do ser humano "fabricado", com bebês à la carte, escolhidos num catálogo.
                        
O NOVO HOMEM
O homem será feito
em laboratório.
Será tão perfeito
como no antigório.
Rirá como gente,
beberá cerveja
deliciadamente.
Caçará narceja
e bicho do mato.
Jogará no bicho,
tirará retrato
com o maior capricho.
Usará bermuda
e gola roulée.
Queimará arruda
indo ao canjerê,
e do não-objeto
fará escultura.
Será neoconcreto
se houver censura.
Ganhará dinheiro
e muitos diplomas,
fino cavalheiro
em noventa idiomas.
Chegará a Marte
em seu cavalinho
de ir a toda parte
mesmo sem caminho.
O homem será feito
em laboratório,
muito mais perfeito
do que no antigório.
Dispensa-se amor,
ternura ou desejo.
Seja como flor
(até num bocejo)
salta da retorta
um senhor garoto.
Vai abrindo a porta
com riso maroto:
"Nove meses, eu?
Nem nove minutos."
Quem já conheceu
melhores produtos?
A dor não preside
sua gestação.
Seu nascer elide
o sonho e a aflição.
Nascerá bonito?
Corpo bem talhado?
Claro: não é mito,
é planificado.
Nele, tudo exato,
medido, bem-posto:
o justo formato,
standard do rosto.
Duzentos modelos,
todos atraentes.
(Escolher, ao vê-los,
nossos descendentes.)
Quer um sábio? Peça.
Ministro? Encomende.
Uma ficha impressa
a todos atende.
Perdão: acabou-se
a época dos pais.
Quem comia doce
já não come mais.
Não chame de filho
este ser diverso
que pisa o ladrilho
de outro universo.
Sua independência
é total: sem marca
de família, vence
a lei do patriarca.
Liberto da herança
de sangue ou de afeto,
desconhece a aliança
de avô com seu neto.
Pai: macromolécula;
mãe: tubo de ensaio
e, per omnia secula,
livre, papagaio,
sem memória e sexo,
feliz, por que não?
pois rompeu o nexo
da velha Criação,
eis que o homem feito
em laboratório
sem qualquer defeito
como no antigório,
acabou com o Homem.
Bem feito.



Drummond: 100 anos
Carlos Machado, 2002
Carlos Drummond de Andrade
In Caminhos de João Brandão
(publicado originalmente no JB, 17/12/1967)
José Olympio, 1970
© Graña Drummond


Por que dizer não à medicalização da Educação


Por que dizer não à medicalização da Educação
Pediatras americanos afirmam que a solução para o baixo rendimento escolar e a indisciplina é medicar todas as crianças. Entenda o que está por trás dessa medida
Marília de Lucca (novaescola@atleitor.com.br) (apuração) Editado por Elisa Meirelles
Um médico americano foi notícia recentemente ao propor que todas as crianças com problemas de comportamento e baixo rendimento escolar tomassem remédios indicados para o tratamento do Transtorno do Déficit de Atenção com ou sem Hiperatividade (TDAH), mesmo que sem terem sido diagnosticadas com o transtorno. Por mais absurda que a teoria seja, já está se formando uma corrente de profissionais que acreditam nela e o tema tem ganho espaço dentro e fora dos Estados Unidos.

Quem apoia a medida argumenta que o esforço e o investimento na Educação das crianças são ineficientes, muito trabalhosos ou excessivamente custosos. A saída mais prática e rápida, então, é usar medicamentos que, alterando a atividade neuroquímica dos estudantes, controlem suas atitudes e domem seus impulsos.
http://revistaescola.abril.com.br/css/img/conteudo-relacionado-texto.png
·         O que é TDAH
Por trás dessa atitude descabida está a discussão sobre o que são problemas de comportamento - que podem e devem ser debatidos dentro da escola - e o que são questões médicas, que demandam acompanhamento profissional e, em alguns casos, o uso de medicamentos.

Nem toda criança agitada ou que não se concentra em classe é hiperativa ou tem déficit de atenção. Muito pelo contrário. Na maioria dos casos, trata-se de características comuns a essa etapa da vida. O entusiasmo, a vontade de se fazer presente no mundo, a energia que precisa ser aplicada em experimentações e brincadeiras fazem parte da aquisição de conhecimento. É papel dos pais e das instituições de ensino prover às crianças momentos apropriados para correr, gritar, conversar, fazer bagunça. Elas precisam de situações em que descansem a mente e cansem o corpo para que, quando chegar a hora de ter concentração para aprender, isso não seja maçante e sofrível.

Quando se nota que grande parte de uma turma está inquieta, improdutiva ou indisciplinada, mais do que ir atrás de remédios, é hora de repensar a maneira como as aulas estão sendo organizadas. Uma sugestão para entender as dificuldades e necessidades dos alunos é abrir um espaço de diálogo. Com isso, sugestões interessantes sobre a disposição do horário das atividades, os assuntos de interesse da maioria da classe e as maneiras de abordá-los podem ser colocadas em debate. A abertura faz com que as crianças entendam que têm voz e de que são diretamente responsáveis por seu processo de aprendizagem.

É importante, também, que a escola propicie reuniões entre os docentes e com especialistas em psicopedagogia para esclarecer dúvidas dos professores com relação à indisciplina. Atitudes como essa ajudam a fortalecer a relação aluno-professor por meio da aproximação e do respeito.

Isso não quer dizer, é claro, que não existam crianças que precisam de apoio médico. Com uma análise cuidadosa da turma - aliada a conversas com as famílias -, é possível identificar quem tem mais dificuldade de concentração e avaliar se é uma questão de disciplina ou se pode ser algo a mais. Geralmente, as crianças que apresentam TDAH não são hiperativas apenas durante as aulas, mas em outros ambientes e durante o sono. O estímulo do cérebro nunca para. Assim, ela dorme mal, tem pesadelos, cai da cama. Se houver a desconfiança, é hora de procurar ajuda profissional.
Os riscos de medicar indiscriminadamente as crianças
Não se pode, em hipótese alguma, dar remédio a alguém sem um diagnóstico claro. O TDAH só pode ser atestado por um médico, após avaliar a criança e conversar com professores e familiares. A análise deve ser criteriosa. Não se pode acreditar em um profissional que faz um check-list do aluno em poucos minutos e ele já sai com uma receita de remédio tarja preta. É preciso que psiquiatras, pediatras, professores e pais enxerguem que a saúde dos estudantes está nas mãos deles.

Medicar as crianças indiscriminadamente, como está sendo proposto nos Estados Unidos, é uma irresponsabilidade. Um remédio errado, tomado por um período extenso, pode afetar física e mentalmente os pacientes. No caso do medicamento para TDAH, que é um neuroestimulante, é possível que a pessoa tenha alternações no desenvolvimento da concentração, do foco e da disciplina. O resultado pode ser uma dependência, não química, mas social de remédios para que o indivíduo se mantenha controlado e comportado.
Vale lembrar ainda que a escola não trabalha com laudos, mas com alunos. Não é aceitável basear-se em um laudo médico para ensinar mais ou menos a uma criança. Todos têm direito à Educação e quem precisa da ajuda de um medicamento não pode ser taxado como "aquele garoto ou garota que toma remédios e que, portanto, não é capaz de aprender".

AZUL

AZUL

PERNAMBUCO

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