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·         Meu velho se foi cedo...Quem ainda tiver no corpo físico seus pais aproveite para não precisar repetir a música:” QUERIA TER AMADO MAIS,ABRAÇADO MAIS...Entre outras coisitas.(RESPEITADO MAIS)...Aproveitar o hoje,o agora...Amanhã já será outro texto...

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·         OS INCÔMODOS DA VELHICE.
Rivaldo Cavalcante.

Envelhecer não é castigo para ninguém, é uma necessidade de todos!
Cadê minhas forças? Cadê o leão que fui?
Cadê minha beleza e espitualidades outrora admiradas?
Os anos passam. As festas passam. A nossa vitalidade de ferro passa
também. E vamos nos constituindo como estacas velhas
corroídas pelo tempo, fincadas num terreno movediço.
Para todos nós a velhice é uma idade incômoda.
Sobretudo porque vamos abandonando costumes, alegrias,
conhecimentos, euforias e deixando para trás as
reminiscências, de tudo que não mais retorna.
De muitos acontecimentos e desejos que deveríamos
preservar para sempre.
Este é um pedaço do cronograma da vida para com os
idosos de modo geral.
Aos poucos, desaparecem as espertezas e aquela vitalidade
de bravo guerreiro. De festeiro e alegre, De contador de piadinhas
engraçadas. As ambições são apagadas da lousa do
nosso imaginário. O mundo inteiro se torna anuviado.
Os caminhos tornam-se longos demais. Caminhar pelas ruas,
subir escadas e ladeiras revela uma lerdeza cruel. Todo esforço é um martírio.
Muitas vezes as quedas são fatais.
Porque dentro daquela figura que caminha por ali, vai a figura de
um idoso, carcomido pelo tempo. Depois de muitas e muitas vitórias
obtidas na longa estrada da vida, acontece o odiado retrocesso.
Aparecem as proibições e limitações disso e daquilo.
O idoso passa a ser uma pressuposta vítima de um acidente iminente.
Indeciso, cambiante, temeroso. Mas firme no seu ideal de ir mais
distante. Elevar-se às alturas maiores para contemplar o
horizonte de um patamar mais cômodo.
O ancião, outrora o êmbolo que impulsionava a máquina familiar,
vê-se de repente restringido aos pequenos e leves serviços.
Sujeito aos insistentes cuidados dos mais novos, diante
das circunstâncias que o rodeiam.
Aqueles pequenos afazeres domésticos: subir no telhado
para consertar uma goteira, remendar o reboco da parede,
trocar uma lâmpada nas alturas, Puxar a cama
para uma varredura por baixo dela, são serviços que o ancião não
pode mais fazer.
E o velho olha para o horizonte perdido no volumoso pacote de
suas lembranças e se recusa a lembrar toda odisseia vivida,
todo caminho percorrido num lapso de tempo; numa fagulha
dos desejos perdidos nas brumas do passado.
Quem disse que recordar é viver? Recordar é sofrer!
Na verdade a vida do idoso muda , como mudam as nuvens.
Indecisões. Incapacidade de longas caminhadas. Braços e pernas
lerdos para movimentarem-se
com aquela vetusta elegância. E o velhinho ex-topa tudo, não topa
mais nada, que suas forças se exauriram, a visão encurtou,
o ânimo sumiu!
As alegrias da vida já não despertam tantas curiosidades!
Mas mesmo arrostando as íngremes ladeiras da vida, que a
idade traz consigo, ele tenta superar os obstáculos; vencendo alguns deles. Mas,
conscientemente se desvanece de avançar os sinais de perigos,
pois, sua visão do mais longe e do mais difícil é deficitária.
Muitas coisas na velhice se tornam impossíveis.
Conformar-se com os achaques da idade é uma delas.
Aos poucos, porém, os idosos vão aceitando o cambiar
desacelerado do seu antigo arrojo de ser o primeiro da fila,
ser o mais ágil, o mais forte, o mais sábio e corajoso dentre os mortais.
Dia após dia, o pai velho vai se tornando criança e na sua
imaginação relembra os tempos antigos, quando ele
era "o caminho" para ser seguido pelos filhos. Era o herói.
No arrojo do imponderável ele abria alas para os
garotos e garotas passagem com segurança e
coragem para seguirem em frente.
Liam e contavam histórias de heroismos e glórias para eles.
Mas, o vendaval da idade vai vencendo a batalha. A força
viril antiga cede lugar à pusilanimidade. Ao medo!
Mas, assim é o corolário da existência. Há períodos que nós mortais
percorremos ao longo do nosso existir; desconhecendo os perigos ou
ignorando que somos obrigados a enfrentá-los, como bandeirolas tangidas pela ventania.
O novo fica velho. E o velho se acaba!
Assim é o final apoteótico de uma História,
que não precisa de epílogo!



 

 

8 comentários:

  1. Bom dia caríssima Zilda Santiago. Pura verdade este texto. É duro ver nossos pais definhando lentamente ao nosso lado, e é nesta hora que temos a obrigação de devolver o que fizeram por nós.
    Um grande abraço

    ResponderExcluir
  2. verdades estoteantes! maispura verdade.Parabens pelo lindo texto cheio d realidade.

    ResponderExcluir
  3. Olá, boa noite!

    Tudo bem?
    Espero que sim.

    Amei o seu blog e trabalho. Parabéns.
    Estou lhe seguindo e curtir sua fan page.

    Lhe convido a conhecer meu trabalho, é feito com muito carinho e amor.
    Espero que goste.

    Blog: http://leide-lira.blogspot.com.br/

    Fan Page: https://www.facebook.com/pages/Bolsinhas-de-uma-Leide/254377631336807

    Desde já agradeço sua visita!

    Deus lhe abençoe.

    BeijOs

    Leide
    Bolsinhas de uma Leide

    ResponderExcluir
  4. A velhice é algo inevitável que a maioria de nós passará. Sim, difícil é envelhecer, mesmo porque a mente não envelhece, então, em sua mente, vc é capaz de realizações mil, mas o corpo já não corresponde aos desejos. Então, temos que nos preparar para envelhecer com sabedoria. Muita paz!

    ResponderExcluir
  5. Quem derá se todos pudessem envelhecer...
    Feliz dia das mães beijo Lisette.

    ResponderExcluir
  6. Oi, Zilda!
    Todos nós estamos caminhando para a velhice, mas não estamos preparados. A natureza é tão sábia que vai adicionando limitações aos poucos, até que chega uma hora, que passamos nos lembrar das coisas que antes poderia-se fazer e agora não mais.
    Eu não quero viver muito, não para dar trabalho aos filhos. Deus saberá a hora certa! :D
    Beijus,

    ResponderExcluir
  7. Oi, Zilda!
    Tudo bem?
    Quando a gente perde alguém amado, fica sempre aquela sensação de que poderia ter feito mais. Eu senti isso ao perder meu pai há 3 anos. E como dói. Bate uma culpa. Mas acho que todo mundo sente isso, não é mesmo? Faz parte da vida. Que aqueles que se foram dessa vida, estejam em paz.
    Minha amada, quero aproveitar para agradecer as tuas visitas aos meus blogs, teu carinho, atenção e compreensão. Moras no meu coração há muito tempo. És bonita por dentro e por fora.
    Muito obrigada!
    Beijocas!!!!!!!

    ResponderExcluir
  8. Olá, queria Zilda
    Estou nela e preciso de ter sempre coragem pra não desanimar...
    Não é castigo, é uma nova possibilidade de conformação com os desígnios divinos...
    Bjm fraternos de paz e bem

    ResponderExcluir

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