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O que você vai oferecer de presente para Jesus?

Mensagem para participação da V INTERAÇÃO FRATERNA DE NATAL que vamos participar com muito carinho atendendo ao carinhoso convite da querida ROSÉLIA BEZERRA

 O que você vai oferecer de presente para Jesus?
Por Paulo Roberto Gaefke em 02-12-2014








Então é quase Natal...
Luzes se acendem aqui e ali.
Pessoas se enchem de boa vontade.
Algumas se reúnem para fazer o bem.
Outras se preocupam com o próximo.

Mas a grande maioria pensa mesmo é na sua festa.
Na comilança, bebidas aos montes, diversão...

Então é quase Natal...
O aniversariante vai aparecer na sua casa?
Se aparecer vai ver o que?
Vai comer o peru que deixaram,
os restos do bacalhau e tomar um pouco da bebida que milagrosamente escapou?

O que você vai oferecer para Jesus neste Natal?
Suas mãos que serviram sopa nas madrugadas o ano todo?
Seus pensamentos que ajudaram tantas pessoas pela motivação que trazem?
Seu sorriso que sempre está no seu rosto, haja o que houver?
Seus ensinamentos que ajudam jovens a encontrar caminhos?
Suas dúvidas que ajudam a obter respostas que outros se utilizam?
Sua certeza que motiva.
Sua fé que espalha boas novas como semente.
Suas atitudes que mostram o que você pensa e fala.
O que você vai oferecer para Jesus neste Natal?

Espero que não seja um vexame de bebedeira que se repete faz tempo,
nem o vazio de quem não acredita em mais nada.
Espero que pelo menos um abraço,
um olhar de admiração e aquele convite especial:
Fica conosco Jesus.
Feliz Natal

____________________
Paulo Roberto Gaefke
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PARA NOSSA REFLEXÃO

Para reflexão ...
POSTAGEM DO AMIGO GEO...(GEZSLER WEST)
_____________________________________________
Dinamarca ocupa 1º lugar em lista de países menos corruptos pelo 3º ano seguido
(JB - 03/12/2014)


Pelo terceiro ano consecutivo, a Dinamarca ocupa o primeiro lugar no ranking dos países menos corruptos do mundo. Desde que o Índice de Percepção da Corrupção foi criado pela organização alemã Transparência Internacional, em 1995, o país nórdico figura ora em primeiro, ou em segundo lugar, disputando posição com a Nova Zelândia. No relatório deste ano, divulgado hoje (3), alcançou nota 92 numa escala de 0 a 100, em que zero é muito corrupto e 100 é livre de corrupção.
No documento, a Dinamarca é citada como uma nação que tem um forte Estado de Direito, apoio à sociedade civil e regras claras de conduta para as pessoas que ocupam cargos públicos. O relatório menciona o exemplo dado pelo país nórdico ao anunciar, no último dia 7 de novembro, que vai criar um registro público com informações sobre os proprietários de todas as companhias dinamarquesas. Com o anúncio, a Dinamarca é o segundo país (depois do Reino Unido) a se integrar a um movimento mundial liderado pela organização não-governamental norte-americana Global Financial Integrity (GFI) pelo combate à lavagem de dinheiro, à sonegação de impostos e à corrupção.
Em entrevista à Agência Brasil, o professor dinamarquês, especialista em corrupção, Gert Tingaard Svendsen, explicou que o desempenho da Dinamarca não é por acaso. “O país começou a lutar contra a corrupção muito cedo, ainda durante o processo de construção do Estado dinamarquês. Em 1660, o rei Frederick III iniciou um processo de recrutamento de servidores públicos com base em seus méritos, e não por suas ligações com a aristocracia. Naquela época, o rei estabeleceu um canal para que as pessoas denunciassem diretamente a ele qualquer ato de abuso de poder”, lembrou o especialista.
Segundo ele, o reforço dessas práticas ao longo dos séculos, além de um amplo sentimento de “confiança” existente entre os cidadãos, são a base do Estado dinamarquês tal como o vemos hoje.
Gert é autor do livro Trust, publicado este ano, em que lança o termo “confiança social”. Na obra, o professor dá exemplos básicos de como, na Dinamarca, a confiança no outro faz parte do dia a dia da sociedade. “Para uma mãe dinamarquesa, deixar um bebê no carrinho do lado de fora de um café enquanto almoça é um ato natural, já que ela confia que a criança estará segura e não será raptada. Em Nova York, o mesmo ato foi considerado irresponsável e criminoso”.
Para reforçar o conceito, o autor do livro fez uma pesquisa em 2005, em 86 países, perguntando para as pessoas se elas confiavam nas outras. Na Dinamarca, 78% (três em cada quatro pessoas) disseram que sim. O Brasil ficou no final da lista: apenas 10% dos entrevistados (uma em cada 20 pessoas) disseram que confiam nas outras.
O professor também faz uma relação entre “confiança social” e desenvolvimento econômico. Segundo ele, quando as pessoas confiam umas nas outras e nas instituições, há maior cooperação, a burocracia é menor e os investimentos em segurança são reduzidos. Isso explica a razão pela qual, na Dinamarca, as pessoas pagam, com satisfação, uma das maiores taxas de impostos do mundo (chega a superar 50% dos ganhos). “As pessoas confiam que os recursos dos impostos serão distribuídos conforme esperado, e que elas terão o retorno do investimento feito”, observou.
O prefeito de Aarhus, segunda maior cidade da Dinamarca, Jacob Bundgaard, não hesitou em receber a Agência Brasil para falar sobre corrupção. Com muita tranquilidade, ele disse que este não é um problema com o qual sua administração tem que se preocupar.
“A transparência, a honestidade e a meritocracia são princípios muito fundamentais na nossa sociedade. Com isso somos mais eficientes, temos um sistema mais fácil de gerir e servidores públicos altamente qualificados. Como um político, meu trabalho é garantir uma administração altamente transparente, em que os processos de decisão são influenciados por argumentos, e não por dinheiro”, declarou.
O cientista político dinamarquês, Jorgen Dige Pedersen, que estuda a realidade brasileira, disse à Agência Brasil que o sistema público na Dinamarca pode servir de exemplo para países que querem lutar contra a corrupção. “Aqui, quando um político ganha as eleições, ele não traz seus aliados para o governo. O líder muda, mas os servidores públicos permanecem, e tem que atuar independentemente de cor política. Eles existem para servir à sociedade”, enfatizou.
Para o cientista político, o Brasil precisa trabalhar para melhorar a eficiência e a transparência das instituições públicas, mas “esta é uma demanda que precisa partir dos próprios cidadãos, já que os líderes políticos são os que mais se beneficiam com o modelo atual”.
“As pessoas não podem mais aceitar a corrupção, nem em pequena escala, no dia a dia, nem na esfera política. Mas vejo mudanças na sociedade brasileira. Aos poucos as pessoas estão deixando de aceitar a corrupção. Este é um primeiro passo”, disse.
Conversa com Deus
ZILMA SANTIAGO


            Deus você é meu amigo? Pois é o que quero só se pede ao melhor amigo. Quero ter o direito de ser criança por muito tempo.  Quero ter o direito de brincar, plantar e colher, principalmente muitos amiguinhos e amiguinhas, daqueles que a gente não esquece nunca mais. Daqueles que a gente fica feliz em reencontrar.
            Quero permissão para sonhar, criar, brincar e se possível ter esperanças.  É muito triste, enrijece a alma, endurece os sentimentos melhores, quando se pula etapas na vida; quando, ainda criança e se inicia vida de adulto.  Trabalhando muito. Não se recupera as horas passadas.
            Quero ter o direito de ser adolescente, com todos os seus problemas, com todas as suas alegrias, como nas histórias em quadrinhos, histórias que só as li adulta.
            Quero ser menina de novo.  Ter uma caixinha cheia de ninharias, botõezinhos, pulseirinhas, brinquinhos, um cantinho para guardar as cartinhas de amor, enfim, uma “caixinha adolescente”, com todos os seus segredinhos e sonhos com formas e cores.
            Quero ter o direito de ir no cinema, nas matinês, nos saraus...de passear na praça, abraçar amiguinhos e amiguinhas.
            Quero viver minha adolescência, adolescente, adolescendo.  Que saudade, que frustração...lembranças de momentos não vividos, é isso que sinto...
            Na minha próxima existência, se é que há, quero experimentar o gostinho de ser criança, de viver a vida de criança...
            Não quero emprego aos 12 anos de idade.  Embrutece o espírito e aumenta a desesperança e o cansaço.
            Se puder quero também alguém que me ame e que me conte histórias para eu dormir e não me faça medo para eu adormecer ou me aquietar.
            Quero ter o direito de acreditar e esperar o Papai Noel trazendo meu presente na noite de Natal e realizando um sonho de criança.
            Quero pai e mãe que não batam, não agridam, mas eduque-me pra ver se assim apanho menos da vida, dos estranhos.
            Em criança quero aprender a cultivar o que há de bom nas pessoas, acreditar que é possível ser bom desinteressadamente, ser bom por ser bom.
            Deus desculpa o desabafo, precisava tirar isso da garganta.  É em você que guardo minhas esperanças.




Zilmma, 2013

A CHEGADA DE ARIANO SUASSUNA NO CÉU
Autores: Klévisson Viana e Bule-Bule
 
Nos palcos do firmamento
Jesus concebeu um plano
De montar um espetáculo
Para Deus Pai Soberano
E, ao lembrar de um dramaturgo,
Mandou buscar Ariano.

Jesus mandou-lhe um convite,
Mas Ariano não leu.
Estava noutro idioma,
Ele num canto esqueceu,
Nem sequer observou
Quem foi que lhe escreveu.

Depois de um tempo, mandou
Uma segunda missiva.
A secretária do artista
Logo a dita carta arquiva,
Dizendo: — Viagem longa
A meu mestre não cativa.

Jesus sem ter a resposta
Disse torcendo o bigode:
— Eu vejo que Suassuna
É teimoso igual a um bode.
Não pode, mas ele pensa
Que é soberano e pode!

Jesus, já perdendo a calma,
Apelou pra outro suporte.
Para cumprir a missão,
Autorizou Dona Morte:
— Vá buscar o escritor,
Mas vê se não erra o corte!

A morte veio ao País
Como turista estrangeiro,
Achando que o Brasil
Era só Rio de Janeiro.
No rastro de Suassuna,
Sobrou pra Ubaldo Ribeiro.

Porém, antes de encontrá-lo,
Sofreu um constrangimento
Passando em Copacabana,
Um malfazejo elemento
Assaltou ela levando
Sua foice e documento.

A morte ficou sem rumo
E murmurou dessa vez:
— Pra não perder a viagem
Vou vender meu picinez
Para comprar outra foice
Na loja de algum chinês.

Por um e noventa e nove
A dita foice comprou.
Passando a mão pelo aço,
Viu que ela enferrujou
E disse: — Vai essa mesma,
Pois comprar outra eu não vou!

A morte saiu bolando,
Sem direção e sem tino,
Perguntando a um e a outro
Pelo escritor nordestino,
Obteve informação,
Gratificando um menino.

Ao encontrar João Ubaldo,
Viu naufragar o seu plano,
Se lembrando da imagem
Disse: — Aqui há um engano.
Perguntou para João
Onde é que estava Ariano.

Nessa hora João Ubaldo,
Quase ficando maluco,
Tomou um susto arretado,
Quando ali tocou um cuco,
Mas, gaguejando, falou:
—Ele mora em Pernambuco!






A morte disse: — Danou-se
Dinheiro não tenho mais
Para viajar tão longe,
Mas Ariano é sagaz.
Escapou mais uma vez,
Vai você mesmo, rapaz!

Quando chegou lá no Céu
Com o escritor baiano,
Cristo lhe deu uma bronca:
— Já foi baldado o meu plano.
Pedi um da Paraíba
E você trouxe um baiano.

João Ubaldo é talentoso,
Porém não escreve tudo.
“Viva o Povo Brasileiro”
É sua obra de estudo,
Mas quero peça de humor,
Que o Céu tá muito sisudo.

Foi consultar os arquivos
Pra ressuscitar João,
Mas achou desnecessário,
Pois já era ocasião
Pra ele vir prestar contas
Ali na Santa Mansão.

Jesus olhou para a Morte
E disse assim: — Serafina,
Vejo não és mais a mesma.
Tu já foste mais malina,
Tá com pena ou tá com medo,
Responda logo, menina?!

— Jesus, eu vou lhe falar
Que preciso de dinheiro.
Ariano mora bem
No Nordeste brasileiro.
Disse o Cristo: —Tenho pressa,
Passe lá no financeiro!






— Só faço que é pra o Senhor.
Pra outro, juro não ia.
Ele que se conformasse
Com o escritor da Bahia.
Se dependesse de mim,
Ariano não morria.

A morte na internet
Comprou passagem barata.
Quase morria de susto
Naquela viagem ingrata.
De vez em quando dizia:
— Eita que viagem chata!

Uma aeromoça lhe trouxe
Duas barras de cereais.
Diz ela: — Estou de regime.
Por favor, não traga mais,
Porque se vier eu como,
Meu apetite é voraz!

Quando chegou no Recife,
Ficou ela de plantão
Na porta de Ariano
Com sua foice na mão,
Resmungando: — Qualquer hora
Ele cai no alçapão!

A morte colonizada,
Pensando em lhe agradar,
Uma faixa com uma frase
Ela mandou preparar,
Dizendo: “Welcome Ariano”,
Mas ele não quis entrar.

Vendo a tal faixa, Ariano
Ficou muito revoltado.
Começou a passar mal,
Pediu pra ser internado
E a morte foi lhe seguindo
Para ver o resultado.






Eu não sei se Ariano
Morreu de raiva ou de medo.
Que era contra estrangeirismos,
Isso nunca foi segredo.
Certo é que a morte o matou
Sem lhe tocar com um dedo.

Chegou no Céu Ariano,
Tava a porta escancarada.
São Pedro quando o avistou
Resmungando na calçada,
Correu logo pra o portão,
Louvando a sua chegada.

Um anjinho de recado
Foi chamar o Soberano,
Dizendo: - O Senhor agora
Vai concretizar seu plano.
São Pedro mandou dizer
Que aqui chegou Ariano.

Jesus saiu apressado,
Apertando o nó da manta
E disse assim: — Vou lembrar
Dessa data como santa
Que a arte de Ariano
Em toda parte ela encanta.

São Pedro lá no portão
Recebeu bem Ariano,
Que chegou meio areado,
Meio confuso e sem plano.
Ao perceber que morreu,
Se valeu do Soberano.

Com um chapelão de palha
Chegou Ascenso Ferreira,
O grande Câmara Cascudo,
Zé Pacheco e Zé Limeira.
João Firmino Cabral
Veio engrossar a fileira.






E o próprio João Ubaldo
(Que foi pra lá por engano)
Veio de braços abertos
Para abraçar Ariano.
E esse falou: - Ubaldo,
Morrer não tava em meu plano!

Logo chegou Jorge Amado
E o ator Paulo Goulart.
Veio também Chico Anysio
Que começou a contar
Uma anedota engraçada
Descontraindo o lugar.

Logo chegou Jesus Cristo,
Com seu rosto bronzeado.
Veio de braços abertos,
Suassuna emocionado
Disse assim: — Esse é o Mestre,
O resto é papo furado!

Suassuna que, na vida,
Sonhou em ser imortal,
Entrou para Academia,
Mas percebeu, afinal,
Que imortal é a vida
No plano celestial.

Jesus explicou seus planos
De fazer uma companhia
De teatro e ele era
O escritor que queria
Para escrever suas peças,
Enchendo o Céu de alegria.

Nisso Ariano responde:
— Senhor, eu me sinto honrado,
Porém escrever uma obra
É serviço demorado.
Às vezes gasto dez anos
Para obter resultado.






Nisso Jesus gargalhou
E disse: — Fique à vontade.
Tempo aqui não é problema,
Estamos na eternidade
E você pode criar
Na maior tranquilidade.

Um homem bem pequenino
Com chapeuzinho banzeiro,
Com um singelo instrumento,
Tocou um coco ligeiro
Falando da Paraíba:
Era Jackson do Pandeiro.

Logo chegou Luiz Gonzaga,
Lindu do Trio Nordestino,
E apontou Dominguinhos
Junto a José Clementino
E o grande Humberto Teixeira,
Raul e Zé Marcolino.

Depois chegou Marinês
Com Abdias de lado
E Waldick Soriano,
Com um vozeirão impostado,
Cantou “Torturas de Amor”,
Como sempre apaixonado.

Veio então Silvio Romero
Com Catulo da Paixão,
Suassuna enxugou
As lágrimas de emoção
E Catulo, com seu pinho,
Cantou “Luar do Sertão”.

Leandro Gomes de Barros
Junto a Leonardo Mota,
Chegou Juvenal Galeno,
Otacílio Patriota.
Até Rui Barbosa veio
Com título de poliglota.






Chegou Regina Dourado,
Tocada de emoção,
Juntinho de Ariano,
Veio e beijou sua mão
E disse: — Na sua peça
Quero participação.

Ariano dedicou-se
Àquele projeto novo.
Ao concluir sua peça,
Jesus deu o seu aprovo
E a peça foi encenada
Finalmente para o povo.

Na peça de Ariano
Só participa alma pura.
Ariano virou santo,
Corrigiu sua postura.
Lá no Céu ganhou o título
Padroeiro da cultura.

Os artistas que por ele
Já nutriam grande encanto
Agora estando em apuros,
Residindo em qualquer canto,
Lembra de Santo Ariano
E acende vela pro santo.

Ariano foi Quixote
Que lutou de alma pura.
Contra a arte descartável
Vestiu a sua armadura
Em qualquer dia do ano
Eu digo: viva Ariano
Padroeiro da Cultura!

FIM
 



·         Meu velho se foi cedo...Quem ainda tiver no corpo físico seus pais aproveite para não precisar repetir a música:” QUERIA TER AMADO MAIS,ABRAÇADO MAIS...Entre outras coisitas.(RESPEITADO MAIS)...Aproveitar o hoje,o agora...Amanhã já será outro texto...

·          

·         OS INCÔMODOS DA VELHICE.
Rivaldo Cavalcante.

Envelhecer não é castigo para ninguém, é uma necessidade de todos!
Cadê minhas forças? Cadê o leão que fui?
Cadê minha beleza e espitualidades outrora admiradas?
Os anos passam. As festas passam. A nossa vitalidade de ferro passa
também. E vamos nos constituindo como estacas velhas
corroídas pelo tempo, fincadas num terreno movediço.
Para todos nós a velhice é uma idade incômoda.
Sobretudo porque vamos abandonando costumes, alegrias,
conhecimentos, euforias e deixando para trás as
reminiscências, de tudo que não mais retorna.
De muitos acontecimentos e desejos que deveríamos
preservar para sempre.
Este é um pedaço do cronograma da vida para com os
idosos de modo geral.
Aos poucos, desaparecem as espertezas e aquela vitalidade
de bravo guerreiro. De festeiro e alegre, De contador de piadinhas
engraçadas. As ambições são apagadas da lousa do
nosso imaginário. O mundo inteiro se torna anuviado.
Os caminhos tornam-se longos demais. Caminhar pelas ruas,
subir escadas e ladeiras revela uma lerdeza cruel. Todo esforço é um martírio.
Muitas vezes as quedas são fatais.
Porque dentro daquela figura que caminha por ali, vai a figura de
um idoso, carcomido pelo tempo. Depois de muitas e muitas vitórias
obtidas na longa estrada da vida, acontece o odiado retrocesso.
Aparecem as proibições e limitações disso e daquilo.
O idoso passa a ser uma pressuposta vítima de um acidente iminente.
Indeciso, cambiante, temeroso. Mas firme no seu ideal de ir mais
distante. Elevar-se às alturas maiores para contemplar o
horizonte de um patamar mais cômodo.
O ancião, outrora o êmbolo que impulsionava a máquina familiar,
vê-se de repente restringido aos pequenos e leves serviços.
Sujeito aos insistentes cuidados dos mais novos, diante
das circunstâncias que o rodeiam.
Aqueles pequenos afazeres domésticos: subir no telhado
para consertar uma goteira, remendar o reboco da parede,
trocar uma lâmpada nas alturas, Puxar a cama
para uma varredura por baixo dela, são serviços que o ancião não
pode mais fazer.
E o velho olha para o horizonte perdido no volumoso pacote de
suas lembranças e se recusa a lembrar toda odisseia vivida,
todo caminho percorrido num lapso de tempo; numa fagulha
dos desejos perdidos nas brumas do passado.
Quem disse que recordar é viver? Recordar é sofrer!
Na verdade a vida do idoso muda , como mudam as nuvens.
Indecisões. Incapacidade de longas caminhadas. Braços e pernas
lerdos para movimentarem-se
com aquela vetusta elegância. E o velhinho ex-topa tudo, não topa
mais nada, que suas forças se exauriram, a visão encurtou,
o ânimo sumiu!
As alegrias da vida já não despertam tantas curiosidades!
Mas mesmo arrostando as íngremes ladeiras da vida, que a
idade traz consigo, ele tenta superar os obstáculos; vencendo alguns deles. Mas,
conscientemente se desvanece de avançar os sinais de perigos,
pois, sua visão do mais longe e do mais difícil é deficitária.
Muitas coisas na velhice se tornam impossíveis.
Conformar-se com os achaques da idade é uma delas.
Aos poucos, porém, os idosos vão aceitando o cambiar
desacelerado do seu antigo arrojo de ser o primeiro da fila,
ser o mais ágil, o mais forte, o mais sábio e corajoso dentre os mortais.
Dia após dia, o pai velho vai se tornando criança e na sua
imaginação relembra os tempos antigos, quando ele
era "o caminho" para ser seguido pelos filhos. Era o herói.
No arrojo do imponderável ele abria alas para os
garotos e garotas passagem com segurança e
coragem para seguirem em frente.
Liam e contavam histórias de heroismos e glórias para eles.
Mas, o vendaval da idade vai vencendo a batalha. A força
viril antiga cede lugar à pusilanimidade. Ao medo!
Mas, assim é o corolário da existência. Há períodos que nós mortais
percorremos ao longo do nosso existir; desconhecendo os perigos ou
ignorando que somos obrigados a enfrentá-los, como bandeirolas tangidas pela ventania.
O novo fica velho. E o velho se acaba!
Assim é o final apoteótico de uma História,
que não precisa de epílogo!



 

 

AZUL

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PERNAMBUCO

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