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É NATAL-POSTAGEM COLETIVA DA AMIGA ROSÉLIA

Esta postagem faz parte da coletiva da amiga Rosélia sobre o Natal,esta linda festa quando a humanidade festeja,comemora o nascimento do Mestre Jesus.Pra mim o natal me traz muita melancolia,uma grande confusão de sentimentos até o dia da festa,quando no encontro com filhos e netos tudo fica bom.O antes é complicado,mas dá pra superar.Meus melhores natais sempre foram os que estive com meu povo.Não gosto dos anteriores,mas não quero falar,não tem porque.Deixo esta mensagem para nossa reflexão e que não tenhamos vergonha de sermos bons ou diferentes.Não concordo com quem censura as pessoas que só fazem o bem no natal.Isto não tem a menor importância.Se não consigo AINDA,mais vezes,ainda chegarei lá,pois foi o próprio JESUS que disse:SEDE PERFEITOS!!!!E TODOS SEREMOS UM DIA.É DA LEI.Que ELE,nos abençoe e proteja nos fortalecendo sempre, amparando-nos em nossas quedas e falências e abençoando os nossos esforços no bem.
                                 PRESÉPIO NA TRAMONTINA-RS
O ESPETÁCULO DA VIDA
AUGUSTO CURY
Que você seja um grande empreendedor. Quando empreender, não tenha medo de falhar. Quando falhar, não tenha receio de chorar. Quando chorar, repense a sua vida, mas não recue. Dê sempre uma nova chance para si mesmo.

Encontre um oásis em seu deserto. Os perdedores veem os raios. Os vencedores veem a chuva e a oportunidade de cultivar. Os perdedores paralisam-se diante das perdas e dos fracassos. Os vencedores começam tudo de novo.

Saiba que o maior carrasco do ser humano é ele mesmo. Não seja escravo dos seus pensamentos negativos. Liberte-se da pior prisão do mundo: o cárcere da emoção. O destino raramente é inevitável, mas sim uma escolha. Escolha ser um ser humano consciente, livre e inteligente.

Sua vida é mais importante do que todo o ouro do mundo. Mais bela que as estrelas: obra-prima do Autor da vida. Apesar dos seus defeitos, você não é um número na multidão. Ninguém é igual a você no palco da vida. Você é um ser humano insubstituível.

Por isso eu, -------------desejo que você
Jamais desista da pessoa que ama.
Jamais desista de ser feliz.
Lute sempre pelos seus sonhos.
Seja profundamente apaixonado pela vida.
Pois a vida é espetáculo imperdível.





Da gente que eu gosto

Republicando,porque é de gente com o esta que eu gosto mesmo!!!!
Homenageando o amigo,ANTONIO CAMPOS, que está fora HÁ UM ANO e nos aguarda para o reencontro...ATÉ QUALQUER DIA MEU AMIGO!!!!VAI POETANDO POR AÍ!!!!


DA GENTE QUE EU GOSTO

Sendo divulgada como do Mário Benedetti, MAS AINDA EM BUSCA DA AUTORIA CORRETA...

 Eu gosto de gente que vibra, que não tem de ser empurrada, que não tem de dizer que faça as coisas, mas que sabe o que tem que fazer e que faz. A gente que cultiva seus sonhos até que esses sonhos se apoderam de sua própria realidade. Eu gosto de gente com capacidade para assumir as consequências de suas ações, de gente que arrisca o certo pelo incerto para ir atrás de um sonho, que se permite, abandona os conselhos sensatos deixando as soluções nas mãos de Deus. Eu gosto de gente que é justa com sua gente e consigo mesma, da gente que agradece o novo dia, as coisas boas que existem em sua vida, que vive cada hora com bom ânimo dando o melhor de si, agradecido de estar vivo, de poder distribuir sorrisos, de oferecer suas mãos e ajudar generosamente sem esperar nada em troca. Eu gosto da gente capaz de me criticar construtivamente e de frente, mas sem me lastimar ou me ferir. Da gente que tem tato. Gosto da gente que possui sentido de justiça. A estes chamo de meus amigos. Eu gosto da gente que sabe a importância da alegria e a pratica. Da gente que por meio de piadas nos ensina a conceber a vida com humor. Da gente que nunca deixa de ser animada. Eu gosto de gente sincera e franca, capaz de se opor com argumentos razoáveis a qualquer decisão. Gosto de gente fiel e persistente, que no descansa quando se trata de alcançar objetivos e ideias. Eu gosto da gente de critério, a que não se envergonha em reconhecer que se equivocou ou que não sabe algo. De gente que, ao aceitar seus erros, se esforça genuinamente por não voltar a cometê-los. De gente que luta contra adversidades. Gosto de gente que busca soluções. Eu gosto da gente que pensa e medita internamente. De gente que valoriza seus semelhantes, não por um estereotipo social, nem como se apresentam. De gente que não julga, nem deixa que outros julguem. Gosta de gente que tem personalidade. Eu gosto da gente que é capaz de entender que o maior erro do ser humano é tentar arrancar da cabeça aquilo que não sai do coração. A sensibilidade, a coragem, a solidariedade, a bondade, o respeito, a tranquilidade, os valores, a alegria, a humildade, a fé, a felicidade, o tato, a confiança, a esperança, o agradecimento, a sabedoria, os sonhos, o arrependimento, e o amor para com os demais e consigo próprio são coisas fundamentais para se chamar GENTE. Com gente como essa me comprometo, para o que seja, pelo resto de minha vida... já que, por tê-los junto de mim, me dou por bem retribuído. Impossível ganhar sem saber perder. Impossível andar sem saber cair. Impossível acertar sem saber errar. Impossível viver sem saber reviver. A glória não consiste em não cair nunca, mas em levantar-se todas as vezes que seja necessário. E ISSO É ALGO QUE MUITO POUCA GENTE TEM O PRIVILEGIO DE PODER EXPERIMENTAR. Bem aventurados aqueles que já conseguiram receber com a mesma naturalidade o ganhar e o perder, o acerto e o erro, o triunfo e a derrota...

 Publicada por Em Leça do Balio e por Leça do Balio em 13:16:00

Como e por que sou anarquista-pequena cartilha política









Como e por que sou anarquista - pequena cartilha política –
by Dora Incontri


Em tempos de discussão política, de diferentes pautas e interesses, que se entrecruzam e se misturam, às vezes de maneira confusa e imprecisa, é bom pontuar algumas ideias e marcar uma posição mais clara.

Digo isto, porque embora tenha ficado a princípio muito satisfeita e entusiasmada com o despertar do povo, saindo às ruas e reivindicando direitos, logo fui ficando menos empolgada, ao verificar que a maioria tem insatisfações genéricas, que as reivindicações vão da esquerda à direita, misturadas, e muitas vezes, mostrando a mesma alienação de sempre. Ou seja, embora tenha notado com alegria que há muita gente mais conscientizada, ainda percebe-se que há muitos outros conservadores de plantão que se dividem em duas classes: a dos que têm interesses próprios no sistema vigente e a dos que simplesmente não têm consciência política (ou seja, são alienados), por falta de formação e de informação! Alguns padecem simultaneamente dos dois problemas.

Como esse não é um espaço para um tratado profundo sobre o assunto, apenas quero deixar algumas definições básicas, úteis para quem não está habituado a certas reflexões.

Em primeiro lugar, quero definir como conservadores (ou de direita) aqueles que não conseguem ou não querem elaborar uma crítica ao sistema econômico globalizado em que vivemos. Podem criticar a corrupção (e criticam de preferência e com mais ênfase a do PT), podem querer genericamente mais saúde e educação, podem estar conscientes de alguns absurdos crônicos do cenário da política brasileira. Mas não vão além. Não percebem que por trás de políticos corruptos no Brasil e mesmo por trás de alguns possíveis bem intencionados, há as corporações e os bancos, que comandam o sistema mundial, diante de quem os governos nada podem. Mesmo um Obama é um marionete do sistema, sem muito o que fazer diante dos lobies econômicos, da força das indústrias de armas, dos banqueiros internacionais… Entre esses conservadores, pode haver os que acreditam nas instituições democráticas e não gostariam de uma ditadura (ditadura explícita, porque já vivemos numa ditadura econômica). Mas há também os radicais, que sentem saudades do militarismo (e agora soubemos da formação de um partido militar no Brasil!!!), que querem o fechamento do Congresso e coisas assim… Esses naturalmente não dão a mínima para aqueles que foram torturados, assassinados e desaparecidos nos tempos da repressão e ainda acham que comunistas comem criancinhas!

Em seguida, vamos apalpar um pouco o outro lado, que também junta muitas posições: a esquerda. Direita e esquerda são distinções que nasceram na Revolução Francesa e têm mostrado diferentes agendas nos últimos dois séculos. Por exemplo, aquela esquerda dos tempos da Guerra Fria, simplesmente não existe mais, porque ela era polarizada pela União Soviética. Hoje, a esquerda pode representar posições bem mais sofisticadas e variadas. Mas em todas as esquerdas, existe a consciência de que vivemos numa sociedade estruturalmente injusta, de que o capitalismo é excludente, perverso, porque centrado no lucro, na exploração, onde o ser humano nada vale, como objeto descartável do mercado. De algumas décadas para cá, a esquerda também se acresceu de uma consciência ecológica, porque além de massacrante em relação ao ser humano, o sistema capitalista é predatório da natureza, esgotando os recursos naturais da Terra (consciência, por exemplo, que uma esquerda marxista da década de 50 não tinha).

Entre as esquerdas marxista ou socialista, distinguem-se as revolucionárias, (em claro desuso atualmente) que pregam ou praticam o uso das armas para derrubar esse sistema e as reformistas, que pela eleição pensam chegar ao poder e transformar as coisas. É o que o PT prometia.

Entre as esquerdas, está o anarquismo, posição que adoto desde jovem.

 O que é o anarquismo?

O anarquismo partilha com todas as outras posições de esquerda a ojeriza ao sistema econômico capitalista, em que somos escravos do mercado de consumo, com uma doutrinação maciça da imprensa (que também é feita de corporações interessadas no lucro e não na verdade e no bem coletivo), num mundo globalizado em que a suposta liberdade econômica é sim o domínio de uns poucos sobre povos inteiros.

Mas, ao contrário de socialistas e comunistas, os anarquistas não acreditam que o Estado possa ajudar a reverter esse sistema econômico injusto, porque o Estado já nasceu e sempre esteve a serviço dele. Um dos grandes anarquistas (e nesse caso anarquista cristão, partidário da não-violência) cujas ideias esposo e admiro, Lev Nikolaievitch Tolstoi, mostrava que o Estado é assentado na violência, porque ele precisa de exército e polícia para funcionar – ora, essa violência pode ser a toda hora voltada contra o cidadão (vimos isso fartamente nas manifestações havidas recentemente), porque o poder quer sempre se manter do poder, e, para manter-se, usa de violência. Para Tolstoi, a própria existência do Estado é contra a mensagem de Jesus, se a entendermos como uma mensagem de amor e não-violência, na medida em que o Estado é naturalmente bélico e repressor. Mesmo a suposta justiça, promovida pelo Estado, segundo Tolstoi, longe de ser uma proposta educativa, é uma vingança social. (Ele escreveu um livro belíssimo sobre o assunto: Ressurreição.)

O anarquismo propõe que o ser humano é capaz de gerir a si mesmo, em cooperativas, associações livres, em relações igualitárias e fraternas. A parafernália do Estado, com seu cortejo de políticos vivendo às custas da nação, com seus exércitos, com suas polícias repressoras, com os impostos que todos são obrigados a pagar (e isso no Brasil ainda é pior que em alguns outros países), tudo isso são coisas perfeitamente dispensáveis, quando poderíamos viver nos organizando fraternalmente.

Já vejo o muxoxo de desprezo de muitos, dizendo que a ideia pode ser muito bonita; mas utópica, irrealizável.

Pessoalmente, só acho que ela seja realizável através da educação, formando gerações que cresçam com autonomia, confiantes em si mesmas, praticantes desde cedo da cooperação e da fraternidade, ao invés da competição que o sistema atual estimula.

É óbvio que a concepção anarquista se baseia numa visão otimista do ser humano, em que o mal e o crime são muito mais produtos de uma sociedade injusta, mal organizada e de uma educação deformante, do que algo intrínseco ao ser.

Como acredito na perfectibilidade humana e sei que uma educação libertadora e crítica, estimuladora de bons sentimentos e de valores humanos, pode acelerar essa capacidade de autonomia e bondade, sou anarquista agora, por ética pessoal, na medida do possível e do factível, e a médio e longo prazo, acredito que o anarquismo é o antissistema a ser alcançado num futuro não muito distante.

O que chamo de anarquismo por ética pessoal é o seguinte: mesmo vivendo numa sociedade altamente dominada por poderes econômicos e políticos, repressores da liberdade humana, viver de forma contrária a esse sistema. Por exemplo, não assisto à TV, não sou manipulada pela mídia, não estabeleço relações de hierarquia com ninguém. Nunca trabalhei em algo e por algo que contrariasse meus princípios (atitude que Tolstoi e Gandhi chamavam de não-colaboração com o mal), orgulho-me de ter recusado duas vezes um emprego na Veja, e isso mesmo quando estive em necessidade financeira. Procuro na medida do possível resistir na alimentação, no consumo, no cotidiano às imposições do mercado. Na família, no trabalho, nas relações pessoais procuro formas horizontais de troca e respeito, recusando posições de mando, o que não quer dizer recusar liderança. Há grande diferença entre ser chefe e ser líder. O comando se impõe e se faz valer por meios coercitivos, a liderança se conquista por mérito em alguma área ou por algum carisma pessoal e são os outros que lhe dão. O comando se quer a qualquer custo, a liderança se ganha espontaneamente.

E sobretudo, milito o tempo todo para acordar consciências e através da educação, de crianças, jovens, adultos, restituir ao ser humano a crença em si mesmo, em sua capacidade de se autogerir, de criticar, de questionar, derrubando gurus que manietam o livre pensar, denunciando mercadores de ideias e de ideologias, mostrando como as instituições (mesmo as espíritas, cito porque me considero espírita sempre) acabam por se cristalizar em poderes e disputa de poderes, massacrando a espontaneidade do ser humano e a espiritualidade despojada e simples, que é a única que nos eleva.

Gosto do anarquismo, porque ele é multifacetado, livre, não tem cartilhas fechadas, é aberto a experiências pessoais e coletivas, como considero que é nosso processo de maturação espiritual no decorrer das vidas. Acho mesmo que para ser anarquista é preciso, como Tolstoi propunha, ser cristão na essência do termo. Não o cristianismo institucionalizado, dogmático, igrejeiro. Mas o cristianismo de fraternidade real, em que o ser humano se despoje do seu desejo de dominar, explorar e ferir o outro, para entregar-se a vivências de ajuda mútua, cooperação e… o que afinal propunha Jesus: amor ao próximo como a si mesmo. Só isso!

PAI É UM SÓ (HOMENAGEM AO MEU)


Martha Medeiros: Pai é um só


Verdade seja dita: há muitas como sua mãe, mas ninguém como seu pai

                                                 

                                     SAUDADES PRA SEMPRE!!!!!!!!


 


 

                             De pé sou a menor,Zileide deitada e a Zima também de pé.Meu pai e minha mãe.

                            Com meu pai após desfile escolar de 11 de Setembro em Arcoverde.

                                  Me levando para o altar muito feliz os dois.

Mãe é tudo igual, só muda de endereço.

Não concordo 100% com essa afirmação, mas é verdade que nós, mães, temos lá nossas semelhanças. Basta reunir uma meia-dúzia num recinto fechado para se comprovar que, quando o assunto é filho, as experiências são praticamente xerox umas das outras.

Por outro lado, quem arriscaria dizer que pai é tudo farinha do mesmo saco? Nunca foram devidamente valorizados, nunca receberam cartilhas de conduta e sempre passaram longe da santificação. Cada pai foi feito à imagem e semelhança de si mesmo.

As meninas, assim que nascem, já são tratadas como pequenas "nossas senhoras" e começam a ser catequizadas: "Mãe, um dia você vai ser uma". E dá-lhe informação, incentivo e receitas de como se sair bem no papel. Outro dia, vi uma menina de não mais de três anos empurrando um carrinho de bebê com uma boneca dentro. Já era uma minimãe. Os meninos, ao contrário, só pensam nisso quando chega a hora, e aí acontece o que se vê: todo pai é fruto de um delicioso improviso.

Tem pai que é desligado de nascença, coloca o filho no mundo e acha que o destino pode se encarregar do resto. Ou é o oposto: completamente ansioso, assim que o bebê nasce já trata de sumir com as mesas de quinas pontiagudas e de instalar rede em todas as janelas, e vá convencê-lo de que falta um ano para a criança começar a caminhar.

Tem pai que solta dinheiro fácil. E pai que fecha a carteira com cadeado. Tem pai que está sempre em casa, e outros, nunca. Tem pai que vive rodeado de amigos e pai que não sabe o que fazer com suas horas de folga. Tem aqueles que participam de todas as reuniões do colégio e outros que não fazem ideia do nome da professora. Tem pai que é uma geleia, e uns que a gente nunca viu chorar na vida. Pai fechado, pai moleque, pai sumido, pai onipresente. Pai que nos sustenta e pai que é sustentado por nós. Que mora longe, que mora em outra casa, pai que tem outra família, e pai que não desgruda, não sai de perto jamais. Tem pai que sabe como gerenciar uma firma, construir um prédio, consertar o motor de um carro, mas não sabe direito como ser pai, já que não foi treinado, ninguém lhe deu um manual de instruções. Ser pai é o legítimo "faça você mesmo".

Alguns preferem não arriscar e simplesmente obedecem suas mulheres, que têm mestrado e doutorado no assunto. Mas os que educam e participam da vida dos filhos a seu modo é que perpetuam o charme desta raça fascinante e autêntica. Verdade seja dita: há muitas como sua mãe, mas ninguém é como seu pai.

 

Publicado no Jornal Zero Hora em 08/08/2010

 

LIDERANÇA-MARTA ANTUNES MOURA

 

       
Alvo de estudo desde a re- mota Antiguidade, a lide rança permanece como tema atual que pode ser conceitua- do como a capacidade de alguém, denominado líder, conduzir uma equipe para a produção de resultados. Líder é diferente de chefe. O primeiro se esforça para manter a equipe motivada, trabalhando integradamente com ela; por dar exemplo de boa conduta, moral e ética; por preservar o bom relacionamento interpessoal, realizando periódicas avaliações (feedbacks) construtivas que visam o crescimento da equipe.

O segundo concentra esforços na administração de recursos organizacionais, colocando o elemento humano em segundo plano; age mais como um “comandante” que, em geral, superestima a si mesmo e o papel que ocupa na instituição; gosta de se colocar sob holofotes e, na maioria das vezes, é autoritário e centralizador do poder. Neste contexto, o líder é respeitado, o chefe é temido.

Acredita-se, atualmente, que um meio termo entre ambos apresentaria a liderança ideal,

porque o líder-chefe teria o necessário senso crítico para desempenhar o papel que lhe compete, conforme o conceito de David Carraher, cientista sênior da Universidade de Cambridge, Massachusetts (EUA), e professor de Psicologia da Universidade de Pernambuco:

Um indivíduo que possui a capacidade de analisar e discutir problemas inteligente e racionalmente, sem aceitar, de forma automática, suas próprias opiniões ou opiniões alheias, é indivíduo dotado de senso crítico.1
Não obstante, a liderança pode apresentar alguns senões, ainda que o líder possua grande poder de influenciação e até realize algo bom ou útil. Eis como Emmanuel compreende o significado de lide- rança positiva:

A liderança real no caminho da vida não tem alicerces em re- cursos amoedados.
Não se encastela simplesmente em notoriedade de qualquer natureza.
Não depende unicamente de argúcia ou sagacidade.
Nem é fruto de erudição pretensiosa.

A chefia durável pertence aos que se ausentam de si mesmos, buscando os semelhantes paraservi-los...2
Em visita à cidade de Goiânia (GO), em 1974, Chico Xavier é entrevistado, oferecendo-nos ins- pirada resposta à pergunta: “Na opinião da espiritualidade, como definir a verdadeira liderança?”.3
Temos, com toda certeza, lide- ranças as mais respeitáveis e por elas nos orientamos no mundo para a sustentação da ordem, da segurança, do trabalho e do proveito em favor de todos, mas a liderança genuína, segundo Nosso Senhor Jesus Cristo, é sempre aquela que Ele define no próprio Evangelho: “E aquele que desejar ser o maior, que se faça o servidor de todos”.3 (Mateus, 20:27.)

A resposta dada por Chico põe em relevo não só as necessárias características do líder (sustentação da ordem, da segurança, do trabalho e do proveito em favor de to- dos), segundo a atual concepção de liderança-chefia,mas aponta sobretudo o ideal que deve ser atingido pelos verdadeiros líderes: “[...] aquele que desejar ser o maior, que se faça o servidor de todos”. (Mateus, 20:27.)

São orientações que não de- vem ser banalizadas porque, re- lendo todo o texto evangélico, no qual o versículo 27 está inserido, vemos a importância da citação de Chico Xavier para uma melhor compreensão do ensino de Jesus. Nos versículos 20 a 26, Mateus descreve o encontro do Mestre nazareno com a mãe dos filhos de Zebedeu (João e Tiago Maior) que, tal como acontece a todos nós, limitados pelos benefícios transitórios da vida no plano físico, pede ao Senhor:

Dize que, no teu Reino, estes meus dois filhos se assentem um à tua direita e o outro à tua esquerda. (Mateus, 20:20 e 21.)
Parece até que a história é recente, quando constatamos as diferentes manifestações de fisiologismo na sociedade. Fisiologismo, por definição, refere-se à relação de poder em que ações e decisões são tomadas em troca de favores e outros benefícios de interesse pessoal, em detrimento do bem comum.
Entretanto, o próprio Jesus, o maior de todos os líderes, o governador do planeta Terra, se coloca como simples servidor, que dis- pensa tratamento especial:

Da mesma forma que o Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate de muitos. (Mateus, 20:28).
As instituições espíritas apresentam, em princípio, todas as condições necessárias de se trans- formarem em exemplos organizacionais, pois têm como referência as orientações do Evangelho de Jesus e os ensinamentos da Dou- trina Espírita. É por isso que Divaldo Franco ensina, com muita propriedade, qual é o papel do dirigente espírita:

É de muita relevância o papel do dirigente espírita, porque ele, de certo modo, apresenta as ansiedades da comunidade que o elege para a tarefa. Ele, porém, ao invés de ser o chefe da casa é o trabalhador mais devotado do grupo. É o companheiro da exemplificação, principalmente da tolerância, da compreensão e do devotamento, para que o seufruto seja de boa qualidade e estimule ao bem os neófitos, os que estão chegando e aqueles outros que já colaboram, de modo a levar adiante os postulados que a Casa defende e que ele abraçou espontaneamente.4
Nem sempre a pessoa mais culta, a mais influente, ou a que mais se destaca, é a mais indicada para nos liderar, sobretudo na Casa Espírita, como pondera Allan Kardec:

[...] Assim, a alma de um poderoso da Terra pode mais tarde animar o mais humilde operário e vice-versa, porque, entre os homens, as posições sociais guardam, frequentemente, relação inversa com a elevação dos sentimentos morais. Herodes era rei, e Jesus, carpinteiro.5(Grifo nosso.)
Ken Blanchard e Phill Hodges, autores do livro Lidere com Jesus, comentam com aguda sensibilidade o momento atual vivido pela sociedade, pregando que a solução é liderar com Jesus:

O mundo está precisando desesperadamente de um modelo de liderança diferente. A mídia nos despeja diariamente inú- meros casos de valores abando- nados, de confiança traída, de exploração e de manipulação co- metidos por pessoas importantes e influentes. Líderes de países e corporações usam seus cargos em benefício próprio, enquanto uma incalculável multidão definha na pobreza e na falta de esperança. Líderes religiosos escandalizam os crentes, comprometem igrejas e provocam ceticismo, revolta e decepção. Famílias se dissolvem deixando marcas em seus membros, e as relações de amizade são rompidas por causa de interesses puramente pessoais.6

Espíritas, precisamos conhecer mais o Evangelho e o Espiritismo, incorporando os seus postulados à nossa conduta. Comecemos, por exemplo, por rever a parábola do mordomo/administrador infiel (Lu- cas, 16:1 a 13), que simboliza a má liderança. No versículo dois, o Mestre chama a atenção do administrador para a responsabilidade do compromisso por ele assumido, dizendo-lhe: “Dá conta da tua administração” (Lucas, 16:2). Emmanuel assim comenta esta parábola:

Na essência, cada homem é servi- dor pelo trabalho que realiza na obra do supremo Pai, e, simultaneamente, é administrador, porquanto cada criatura humana detém possibilidades enormes no plano em que moureja. Mordomo do mundo não é somente aquele que encanece os cabelos, à frente dos interesses coletivos, nas empresas públicas ou particulares, combatendo tri- cas mil, a fim de cumprir a mis- são a que se dedica.
Cada inteligência da Terra dará conta dos recursos que lhe fo- ram confiados.
A fortuna e a autoridade não são valores únicos de que deve- mos dar conta hoje e amanhã.7
Encerrando a sua mensagem, o Benfeitor espiritual apresenta uma indagação, um aconselha- mento e uma previsão, ótimo ro- teiro para todos nós, espíritas e não espíritas:

Que fazes, portanto, dos talen- tos preciosos que repousam em teu coração, em tuas mãos e no teu caminho? Vela por tua pró- pria tarefa no bem, diante do Eterno, porque chegará o mo- mento em que o Poder divino te pedirá: “Dá conta de tua administração”.8

Referências:
1CARRAHER, David W. Senso crítico: do dia a dia às ciências sociais. 5. ed. São Paulo: Pioneira, 1999. Introdução, p. xix.
2XAVIER, Francisco C.; VIEIRA, Waldo. O espírito da verdade. Por diversos Espí- ritos. 18. ed. 2. imp. Brasília: FEB, 2013. cap. 64.
3XAVIER, Francisco C. Chico Xavier em Goiânia. Pelo Espírito Emmanuel. São Bernardo do Campo (SP): Geem, 1978. q. 13, p. 50.
4FRANCO, Divaldo P. Diálogo com dirigen- tes e trabalhadores espíritas. 6. ed. São Paulo: USE, 2005. primeiro diálogo, it. 1.9.
5KARDEC, Allan. O livro dos espíritos. Trad. Evandro Noleto Bezerra. 4. ed. 1. reimp. Brasília: FEB, 2013. Comentário de Allan Kardec à q. 194a.

Clamor social: o clímax e a indiferença dos governantes



Clamor social: o clímax e a indiferença dos governantes

Divaldo Franco

Quando as injustiças sociais atingem o clímax e a indiferença dos governantes pelo povo que estorcega nas amarras das necessidades diárias, sob o açodar dos conflitos íntimos e do sofrimento que se generaliza, nas culturas democráticas, as massas correm às ruas e às praças das cidades para apresentar o seu clamor, para exigir respeito, para que sejam cumpridas as promessas eleitoreiras que lhe foram feitas...

Já não é mais possível amordaçar as pessoas, oprimindo-as e ameaçando-as com os instrumentos da agressividade policial e da indiferença pelas suas dores.

O ser humano da atualidade encontra-se inquieto em toda parte, recorrendo ao direito de ser respeitado e de ter ensejo de viver com o mínimo de dignidade.

Não há mais lugar na cultura moderna, para o absurdo de governos arbitrários, nem da aplicação dos recursos que são arrancados do povo para extravagâncias disfarçadas de necessárias, enquanto a educação, a saúde, o trabalho são escassos ou colocados em plano inferior.

A utilização de estatísticas falsas, adaptadas aos interesses dos administradores, não consegue aplacar a fome, iluminar a ignorância, auxiliar na libertação das doenças, ampliar o leque de trabalho digno em vez do assistencialismo que mascara os sofrimentos e abre espaço para o clamor que hoje explode no País e em diversas cidades do mundo.

É lamentável, porém, que pessoas inescrupulosas, arruaceiras, que vivem a soldo da anarquia e do desrespeito, aproveitem-se desses nobres movimentos e os transformem em festival de destruição.

Que, para esses inconsequentes, sejam aplicadas as corrigendas previstas pelas leis, mas que se preservem os direitos do cidadão para reclamar justiça e apoio nas suas reivindicações.

O povo, quando clama em sofrimento, não silencia sua voz, senão quando atendidas as suas justas reivindicações. Nesse sentido, cabe aos jovens, os cidadãos do futuro, a iniciativa de invectivar contra as infames condutas... porém, em ordem e em paz.

* Divaldo Franco escreve às quintas-feiras, quinzenalmente no Jornal A Tarde da Bahia em 20-06-2013.

 

O Verbo Amar

O verbo amar
 
Te amei: era de longe que te olhava
e de longe me olhavas vagamente...
Ah, quanta coisa nesse tempo a gente sente,
que a alma da gente faz escrava.

Te amava: como inquieto adolescente,
tremendo ao te enlaçar, e te enlaçava
adivinhando esse mistério ardente
do mundo, em cada beijo que te dava.

Te amo: e ao te amar assim vou conjugando
os tempos todos desse amor, enquanto
segue a vida, vivendo, e eu, vou te amando...

Te amar: é mais que em verbo é a minha lei,
e é por ti que o repito no meu canto:
te amei, te amava, te amo e te amarei!

(Poema de JG de Araujo Jorge
do livro -Bazar de Ritmos- 1935)


(Imagem da internet)


Escritores consagrados repudiam falsos textos que circulam na rede


25/02/2009-08h59

Escritores consagrados repudiam falsos textos que circulam na rede

 

 

RAFAEL CAPANEMA
da Folha de S.Paulo

O título do e-mail começa com "Enc: Fw: Fwd: En:", sugerindo que o material já frequentou um bocado de caixas de entrada.

O conteúdo pode ser um texto motivacional, uma história engraçadinha ou uma crítica virulenta ao governo. Mas o autor, quase sempre, é um escritor consagrado. Bem, não exatamente.

Vítimas habituais da atribuição indevida de autoria de textos na internet, Carlos Drummond de Andrade, Clarice Lispector e Mario Quintana não podem mais se defender.

Mas Luis Fernando Verissimo, de tanto ver seu nome associado a textos que não escreveu --e de ser espinafrado e parabenizado por eles-- já se manifestou mais de uma vez sobre o assunto.

"O incômodo, além dos eventuais xingamentos, é só a obrigação de saber o que responder em casos como o da senhora que declarou que odiava tudo que eu escrevia até ler, na internet, um texto meu que adorara, e que, claro, não era meu", escreveu em 2005 no jornal "Zero Hora". "Agradeci, modestamente. Admiradora nova a gente não rejeita, mesmo quando não merece."

O texto em questão é "Quase", escrito por Sarah Westphal, à época estudante de medicina em Florianópolis. Creditado a Verissimo, "Quase" chegou a ser traduzido e publicado na França em uma coletânea de escritores brasileiros.

Elson Barbosa, moderador de uma comunidade sobre o escritor no Orkut, compila textos falsos de Verissimo e, quando possível, identifica os verdadeiros autores.

Mas por que será que Verissimo é o campeão dos apócrifos da internet? "Talvez porque ele seja hoje o mais popular cronista brasileiro", sugere a jornalista Cora Rónai, que organizou "Caiu na rede" (ed. Agir), compilação de textos falsos lançada em 2006 (leia trechos em "tinyurl.com/caiunarede]":tinyurl.com/caiunarede). "Minha proposta de título para o livro, por sinal, era "Falsos Verissimos"."

Cora conta que Millôr Fernandes, com quem é casada, conforma-se com o fato de não ser possível controlar o que circula em seu nome na internet, "mas não consegue deixar de ficar indignado com a qualidade das coisas que atribuem a ele. "Mas é isso que pensam de mim?!", "Quer dizer que acham que eu escreveria uma babaquice dessas?!" e por aí vai."

Quem tem boca...

Pasquale Cipro Neto, colunista da Folha, afirma que sempre recebe elogios sobre textos que não escreveu --um deles creditado a um certo professor "Pascoale". "As pessoas ficam decepcionadas quando revelo que não sou eu o autor", diz.

Entre outros "ensinamentos", um Pasquale farsante explica na internet que "Quem tem boca vaia Roma", com o verbo vaiar, seria a formulação correta do ditado popular. "Eu nunca escrevi isso, não tenho nada a ver com isso. É uma bobagem monumental", afirma Pasquale, o verdadeiro.

"O pior é que as pessoas acreditam, não desconfiam de jeito nenhum", afirma o professor. "Acham que a internet é cartório e que, se está lá, está santificado."

Prisão perpétua

"Sou contra a prisão perpétua, mas sou a favor dela para quem escreve textos apócrifos na internet", escreveu Drauzio Varella em sua coluna na Folha, em 2005. A irritação se justifica: sob seu nome, circulam textos que difundem conceitos equivocados de medicina.

Um deles exalta o pensamento positivo como forma de evitar doenças. "É exatamente o oposto do que eu penso", afirma. "É uma sacanagem. Como é que colocam uma coisa dessas na minha boca?"

Outro "falso Drauzio" é "Porta do lado", que deriva de uma frase dita por ele em uma entrevista. "Pegaram essa frase e fizeram um texto babaca, uma coisa absurda", conta. "Corre [na internet] com a minha fotografia e com musiquinha, que é tudo o que eu odeio."

A despeito da alegada babaquice, da musiquinha e da autoria falsa, "Porta do lado" é bastante popular. "Acho que, de todos os textos que eu escrevi na vida, é o que mais faz sucesso", diverte-se.

Há cerca de três meses, Varella concedeu uma entrevista a uma rádio da Espanha. O locutor o apresentou recitando a seguinte frase, atribuída ao médico: "No mundo atual está se investindo cinco vezes mais em remédios para virilidade masculina e silicone para mulheres do que na cura do mal de Alzheimer. Daqui a alguns anos teremos velhas de seios grandes e velhos de pinto duro, mas que não se lembrarão para que servem."

Varella teve que esclarecer no ar que não é o autor. "Não tenho a menor ideia de quanto se investe na cura do Alzheimer. E jamais falaria uma grosseria dessas. Nem no botequim."

Em sentido horário, Veríssimo (acima à esq.), Millôr, Pasquale e Varella; circulam na rede textos que eles não escreveram

O mundo precisa de mães!




 

 

Vou começar a minha reflexão do dia das mães, sobre maternidade e maternagem, relembrando a minha própria mãe. Quando ela se foi, eu tinha 34 anos. Ela era uma grande parceira intelectual, uma mãe presentíssima. Compartilhávamos conversas, ideias, ideais, livros lidos, projetos a realizar. Apesar dessa ligação muito “cabeça” que tínhamos, quero lembrar de um fato aqui que me introduz no tema de hoje. Até um mês antes de ir para o hospital, onde faleceu dois meses depois, com câncer de pâncreas, ela diariamente arrumava minha cama. Não que fosse uma mãe essencialmente doméstica: fazíamos os serviços de casa em parceria, tínhamos uma pessoa que nos ajudava, a Maria, que depois veio a se tornar para mim uma segunda mãe. Minha mãe estudava, trabalhava, mas sabia que eu detestava arrumar a cama (coisa de que até hoje não gosto) e ela nunca falhava em me oferecer esse gesto de carinho diário.

Hoje tenho ouvido relatos de educadores e diretores, de escolas públicas e particulares, de crianças pequenas que chegam pela manhã na creche ou jardim da infância de período integral, com a mesma fralda com que foram para casa, no dia anterior.

Um documentário, como Muito além do peso (disponível gratuitamente no Youtube) mostra mães (e pais) totalmente impotentes e perplexos diante de filhos pequenos com hipertensão, diabetes, triglicérides e colesterol alto, por uma alimentação de nuggets, salgadinhos, batatas fritas e toneladas de açúcar… Crianças que não sabem o nome de nenhum legume e nenhuma fruta, que são viciadas em coca-cola e bolachas recheadas.

Esses são apenas algumas citações (cada uma das quais mereceria um artigo específico), para demonstrar como a nossa sociedade está negligente, incompetente e omissa em relação às crianças. E depois querem puni-las por desrespeito, querem reduzir a maioridade penal, querem impor limites e castigos…

O que está faltando hoje em muitos lares (de todas as classes sociais) é o que Winnicott chamou de “maternagem”, aqueles cuidados básicos, essenciais, necessários, que toda criança tem que receber. A criança, principalmente nos seus primeiros anos de vida, tem necessidade de total devotamento, cuidados plenos, amor incondicional. Depois desse primeiro período, que vai até pelo menos 2 anos, ela ainda precisa continuar a receber cuidados, ternura, presença atenta, embora já inicie seu processo de separação da mãe, de autonomia e de construção de sua identidade.

Embora a Psicologia nos ensine que se a maternagem não ceder à independência da criança no momento certo, o amor materno pode se tornar opressivo e prejudicial ao desenvolvimento do ser humano, ela também nos mostra que a negligência, o abandono e o não-preenchimento desses cuidados básicos, que incluem afetividade e acolhimento, colo e carinho, podem gerar lacunas psíquicas, que mais tarde poderão gerar graves distúrbios mentais.

O termo maternagem – que são esses cuidados maternos que toda mãe deveria dar, mas nem sempre dá, e que outra pessoa, que não seja a mãe, também pode oferecer – na Psicanálise, refere-se também aos cuidados que o terapeuta pode prestar ao seu paciente, de certa forma resgatando a maternagem que o indivíduo deveria ter recebido na infância.

Podemos ampliar ainda mais essa palavra e afirmar que todos nós em alguns momentos na vida, precisaremos de maternagem, mesmo quando já nos sentimos adultos e maduros. A nossa criança interna, carente e frágil, pode vir à tona e precisar de um colo materno e fraterno, para nos acalentar. Por outro lado, todos podemos também oferecer maternagem aos que estão à nossa volta, preocupando-nos com o bem-estar físico, psíquico e emocional do outro.

Quando a sociedade desnatura a mãe

A maternidade é um dado biológico, uma vinculação dada pela gestação, que pode continuar a se manifestar ou não em forma de maternagem. Uma mãe que abandona o filho não pratica a maternagem. Ela pode transferi-la para outra pessoa, no caso de uma adoção, ou emprestá-la ou ainda partilhá-la, no caso de entregar o filho a uma babá ou a uma creche (onde atualmente quase que se proíbe a maternagem, como se professoras de crianças pequenas tivessem de ser apenas “professoras”, quando toda criança pequena precisa o tempo todo de cuidados maternos). O pai também pode e até deve exercer a maternagem.

O que se dá é que em nossa sociedade, esfriada, individualista, competitiva, desumanizada, as pessoas estão desaprendendo de serem maternas. Porque todos devem ser “produtivos” no sentido econômico do termo. Não podemos nos dar ao luxo de cuidar de alguém, seja uma criança, seja um doente, seja um idoso. Temos todos, homens e mulheres, de trabalhar o tempo inteiro para “ganharmos a vida” e assim vamos perdendo a vida, esvaziando-a de carinho, de afeto e de cuidados mútuos.

Está certo que a Psicanálise desencantou as mães, mostrando-as como possíveis responsáveis por neuroses e psicoses, devido ao apego excessivo, ao devotamento doentio; é certo que a mulher saiu para o mercado de trabalho e não pode recuar da vida no mundo, dando sua contribuição para a sociedade; é certo que não podemos mais idealizar a mãe como sendo sempre um modelo de renúncia e abnegação – mas precisamos sim de sentimentos maternos para vivermos em sociedade de forma saudável, amorosa e plena.

Lembro aqui do amorosíssimo Francisco de Assis, que dizia aos seus companheiros, que eles se cuidassem mutuamente como mães… Lembro de Pestalozzi, o grande educador que tratou pela primeira vez da necessidade do afeto na educação e seus biógrafos reconheceram nele “um grande coração maternal”. Lembro de todas as mães, do decorrer dos milênios e ainda hoje, perdidas na multidão, que não saem nas matérias da Revista Veja, sobre executivas bem-sucedidas, que parecem mulheres despersonalizadas de seu estatuto feminino – lembro de todas as mulheres – dizia – que abriram caminhos para que seus filhos crescessem fortes, saudáveis e pessoas de bem, pelo amor com que se dedicaram a eles, pelo devotamento de sua presença… e lembro de minha mãe, que intelectualizada, parceira de livros e ideias, e que não suportava a idealização de uma “santa mãezinha”, não deixava de arrumar minha cama e de cuidar de nosso bem-estar psíquico e físico, de que, sabemos, as verdadeiras mães continuam a cuidar, mesmo do outro lado da vida…
 

O toque materno, a ternura, a preocupação com o outro é que arranca a vida da aridez e do vazio. Quem teve o privilégio de receber esses cuidados de sua mãe biológica, tanto melhor. Quem teve a sorte de ser “maternado” por outras pessoas, em sua infância, adolescência ou encontrar compensações maternas em suas relações atuais, ótimo. O que não podemos é passarmos a vida sem nenhum tipo de doçura materna, sem nenhum colo que nos aconchegue a alma.

Não é à toa que Maria, mãe de Jesus, é venerada em todos os cantos do planeta. Ela representa espiritualmente esse colo sagrado, acolhedor e pleno, no qual nos sentimos crianças de novo e seguros de uma proteção confortadora.

Mas também devemos ter consciência de que amadurecer, crescer, emancipar-se psiquicamente e espiritualmente, é sermos capazes por nossa vez de oferecer colos, de ofertar cuidados maternos e de sermos ternura no caminho de alguém.
 

 
6º BOOKCROSSING BLOGUEIROS




Participando mais uma vez da alegria de poder levar as boas leituras que fiz para que outras pessoas também possam usufruir dos conhecimentos que me passaram.A ideia do trabalho é extamente que possamos libertar livros dos quais já colhemos bons frutos,para outras pessoas.Podemos fazer isto de várias formas:
1 - DEIXAR EM ALGUM LUGAR COMO SE PERDIDO FOSSE,COM UM RECADINHO PARA QUE NOSSA ATITUDE SE REPITA APÓS LEITURA.SE QUISER SABER QUEM O ENCONTROU DEIXA UM NÚMERO DE TELEFONE.

2 - PODERÁ DOAR PARA BIBLIOTECAS QUE SEMPRE PRECISAM.

3 -TAMBÉM PODERÁ DOAR PARA PESSOAS QUE GOSTAM DE LER,MAS NÃO PODEM
ADQUIRIR.

4 -NÓS ESPÍRITAS PODEREMOS DOAR PARA BIBLIOTECA DE ALGUMA INSTITUIÇÃO

5 - SE TRABALHOS COM GRUPO DE ESTUDOS PODEREMOS DOAR AOS
PARTICIPANTES.É O QUE FAREI,ESTOU LEVANDO HOJE 16 LIVROS ESPÍRITAS PARA DOAR AOS PARTICIPANTES DO GRUPO.SEGUE RELAÇÃO ABAIXO.

                                                              RELAÇÃO DOS LIVROS


1 - MOMENTOS DE MEDITAÇÃO
2 - MOMENTOS DE ALEGRIA
3 - VIVER E AMAR
4 - RESPONSABILIDADES
5 - LIÇÕES DE FELICIDADE
6 - PLENITUDE
7 - LUZ DA ESPERANÇA ******(TODOS PSICOGRAFADOS POR DIVALDO P.FRANCO/JOANNA DE ÂNGELIS)


8 - FILHOS,COMO EDUCÁ-LOS NA VISÃO ESPÍRITA---(ROQUE JACINTO)
9 - MOMENTOS DE DECISÃO - DIVALDO/MARCO PRISCO
10 - VIDA E OBRA DE DIVALDO P FRANCO -( FERNANDO WORM)
11 - FLORILÉGIOS ESPIRITUAIS - (DIVALDO/ FCO DE MONTE ALVERNE)
12 - QUEM É O CRISTO -( RAUL TEIXEIRA/FCO DE PAULA VÍTOR)
13 - FALOU E DISSE - (CHICO XAVIER/AUGUSTO CÉZAR NETO)
14 - PALAVRAS DE EMMANUEL - (CHICO/EMMANUEL)
15 - TENDE BOM ÂNIMO - CHICO/CARLOS BACCELLI)
16 - NO ROTEIRO DO EVANGELHO - VERA LÚCIA /OTTÍLIA
17 - CONVITES DA VIDA - DIVALDO/JOANNA DE ÂNGELIS


PARA MAIORES INFORMAÇÕES VISITE O BLOG DA PROMOTORA DO EVENTO,NOSSA LUMA:http://luzdeluma.blogspot.com.br/2013/04/6-bookcrossing-blogueiro-lista-de.html

A PÁSCOA DE JESUS


A Páscoa de Jesus

A morte de Jesus pode ser vista e interpretada de diversas maneiras. Na ortodoxia do cristianismo tradicional, é artigo de fé de que Jesus morreu para selar com o sangue a salvação da humanidade. Na teologia estabelecida por Paulo de Tarso, o homem pecou com Adão e redimiu-se com o Cristo. Não procuremos entender a racionalidade dessa doutrina: por um, todos caem; por um, todos se salvam… parece injusto e desproporcional. Carregamos todos o pecado de Adão e podemos ser salvos se acreditarmos em Cristo. Mas os artigos de fé das religiões em geral não pretendem ser racionais; aliás, a obscuridade e o mistério é que constituem o seu atrativo.
Para uma visão mais politizada, podemos dizer que Jesus foi um subversivo, pois era um crítico do clero judaico e alguém que emancipava consciências e por isso, como em todas as épocas e em todas culturas, não agradou a nenhum representante do poder. Judeus e romanos; Kaifás, Herodes e Pilatos se deram as mãos (ou lavaram-nas), para entregar Jesus à morte.
Numa perspectiva espírita, Jesus, que não é Deus, mas um Espírito que já alcançou um status de perfeição ainda distante de nós, sua morte representa o testemunho de um mártir, que nos deixou um modo de ser e estar no mundo – um modo amoroso, não-violento, cheio de compaixão e bondade. E coerente até o fim com essa ética, entregou-se à injustiça dos homens, para neles despertar o senso de justiça; aceitou a morte violenta, para demonstrar a não-violência e o perdão. É aquele que toma sobre si amorosamente o ônus da ignorância humana, para mostrar-nos um caminho melhor. Nesse sentido, simbolicamente, pode-se até concordar que ele é o Cordeiro de Deus, que toma sobre si os pecados do mundo. Não num sentido salvacionista, mas numa dimensão pedagógica, para ensinar como mestre, algumas lições tão inesquecíveis, que só poderiam ser seladas com o sacrifício de si e com a morte.
A morte de Jesus também é uma mensagem sobre a própria morte. Em todos os tempos, a finitude do homem o tem assustado. Por causa do medo da morte, criam-se as dominações religiosas; por sentir-se mortal, o ser humano se fragiliza, muitas vezes infantilizando-se diante de deuses opressores, de sacerdócios que lhe exploram o boa-fé ou aliena-se em doutrinas fanáticas e irracionais. Mais uma vez, lembrando Paulo, Jesus venceu a morte – não no sentido que os cristãos tradicionais entendem (como uma derrogação da lei natural, ressurgindo em corpo carnal) – mas no sentido de demonstrar praticamente que a morte é uma passagem natural, um atravessar simples e rápido para uma outra dimensão da existência e que não há nada a temer – muito menos devemos temer o nada! A naturalidade com que Jesus aparece para conversar com Madalena, com os apóstolos, com os viajantes de Emaús – é um testemunho histórico de que morto o corpo, o Espírito sopra onde quer e se manifesta com seu corpo espiritual, fazendo-se ver e tocar, deixando uma mensagem de eternidade.
Depois da tragédia da cruz, os açoites, o abandono dos mais queridos – que serviu para que o Mestre demonstrasse a força do perdão, da compaixão e da coragem – Jesus aparece aqui e ali e mostra-se imortal, inteiro, luminoso.
Essas são as minhas meditações de Páscoa, com os votos de que possamos meditar no exemplo ético de Jesus, seu amor universal, dirigido a toda a humanidade e a mensagem que nos deixou para sempre: a morte não existe, mas em toda parte há vida eterna, amor em abundância e misericórdia sem limites!
 

A morte de Jesus pode ser vista e interpretada de diversas maneiras. Na ortodoxia do cristianismo tradicional, é artigo de fé de que Jesus morreu para selar com o sangue a salvação da humanidade. Na teologia estabelecida por Paulo de Tarso, o homem pecou com Adão e redimiu-se com o Cristo. Não procuremos entender a racionalidade dessa doutrina: por um, todos caem; por um, todos se salvam… parece injusto e desproporcional. Carregamos todos o pecado de Adão e podemos ser salvos se acreditarmos em Cristo. Mas os artigos de fé das religiões em geral não pretendem ser racionais; aliás, a obscuridade e o mistério é que constituem o seu atrativo.

Para uma visão mais politizada, podemos dizer que Jesus foi um subversivo, pois era um crítico do clero judaico e alguém que emancipava consciências e por isso, como em todas as épocas e em todas culturas, não agradou a nenhum representante do poder. Judeus e romanos; Kaifás, Herodes e Pilatos se deram as mãos (ou lavaram-nas), para entregar Jesus à morte.

Numa perspectiva espírita, Jesus, que não é Deus, mas um Espírito que já alcançou um status de perfeição ainda distante de nós, sua morte representa o testemunho de um mártir, que nos deixou um modo de ser e estar no mundo – um modo amoroso, não-violento, cheio de compaixão e bondade. E coerente até o fim com essa ética, entregou-se à injustiça dos homens, para neles despertar o senso de justiça; aceitou a morte violenta, para demonstrar a não-violência e o perdão. É aquele que toma sobre si amorosamente o ônus da ignorância humana, para mostrar-nos um caminho melhor. Nesse sentido, simbolicamente, pode-se até concordar que ele é o Cordeiro de Deus, que toma sobre si os pecados do mundo. Não num sentido salvacionista, mas numa dimensão pedagógica, para ensinar como mestre, algumas lições tão inesquecíveis, que só poderiam ser seladas com o sacrifício de si e com a morte.

A morte de Jesus também é uma mensagem sobre a própria morte. Em todos os tempos, a finitude do homem o tem assustado. Por causa do medo da morte, criam-se as dominações religiosas; por sentir-se mortal, o ser humano se fragiliza, muitas vezes infantilizando-se diante de deuses opressores, de sacerdócios que lhe exploram o boa-fé ou aliena-se em doutrinas fanáticas e irracionais. Mais uma vez, lembrando Paulo, Jesus venceu a morte – não no sentido que os cristãos tradicionais entendem (como uma derrogação da lei natural, ressurgindo em corpo carnal) – mas no sentido de demonstrar praticamente que a morte é uma passagem natural, um atravessar simples e rápido para uma outra dimensão da existência e que não há nada a temer – muito menos devemos temer o nada! A naturalidade com que Jesus aparece para conversar com Madalena, com os apóstolos, com os viajantes de Emaús – é um testemunho histórico de que morto o corpo, o Espírito sopra onde quer e se manifesta com seu corpo espiritual, fazendo-se ver e tocar, deixando uma mensagem de eternidade.

Depois da tragédia da cruz, os açoites, o abandono dos mais queridos – que serviu para que o Mestre demonstrasse a força do perdão, da compaixão e da coragem – Jesus aparece aqui e ali e mostra-se imortal, inteiro, luminoso.

Essas são as minhas meditações de Páscoa, com os votos de que possamos meditar no exemplo ético de Jesus, seu amor universal, dirigido a toda a humanidade e a mensagem que nos deixou para sempre: a morte não existe, mas em toda parte há vida eterna, amor em abundância e misericórdia sem limites!

 

AZUL

AZUL

PERNAMBUCO

PERNAMBUCO
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